quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Paraná se prepara para implantação do Cadastro Ambiental Rural


A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, entregou ao presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Luiz Tarcísio Mossato Pinto, proposta de termo de cooperação técnica para a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Estado. O termo foi entregue durante a 108.ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), em Brasília, na quarta-feira (28).


Segundo o presidente do IAP o sistema do CAR deverá estar disponível para os agricultores no Estado até o início do ano que vem. “Antes de implantar o sistema no Estado e cobrar o cadastramento dos proprietários rurais, estamos em conversa com entidades e representantes do setor produtivo como a Faep, sindicatos e cooperativas que também poderão nos auxiliar no cadastramento das pequenas propriedades”, explicou Tarcísio.

O Ministério do Meio Ambiente tem como meta, definida na nova Lei Florestal Nacional (Código Florestal), a conclusão do cadastramento de todas as propriedades rurais do país até 2014. O cadastro servirá como declaração de reserva legal de áreas de preservação permanente (APP) nas propriedades rurais, servindo como base para monitoramento e fiscalização do cumprimento das legislações ambientais federais e estaduais.

O IAP e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos formou um grupo de técnicos que discutem o aproveitamento do cadastro feito no Paraná desde 1999, o Sisleg. O Paraná tem mais de 240 mil propriedades rurais com suas áreas de proteção ambiental declaradas, de acordo com o antigo Código Florestal, que representa cerca de um terço do total. Para o presidente do IAP o importante é garantir que os produtores regulares perante a lei não sejam prejudicados com a implantação do novo sistema.

A ministra Izabella Teixeira explicou aos conselheiros do Conama que o objetivo é auxiliar os estados nas particularidades e que, pela primeira vez, o País vai monitorar o seu território com imagens de satélite. “O CAR irá garantir a regularização de mais de 5 milhões de imóveis rurais no País. Nosso objetivo é finalizar esse processo até 2014”, disse.


Fonte: www.iap.pr.gov.br

sábado, 10 de novembro de 2012

O desenvolvimento de uma plantadora florestal

Atualmente, a grande maioria das empresas florestais nacionais adota sistemas mecanizados de preparo de solo, de colheita e baldeio e, para tanto, utilizam-se de equipamentos de última geração, visando à redução dos custos de produção e ao aumento da produtividade, com um lucro final maior. 

Por outro lado, essas mesmas empresas não utilizam sistemas mecanizados de plantio, quando muito, vêm experimentando sistemas semimecanizados, ou seja, um trator tracionando uma plantadora, com dois operadores, um no trator e outro no equipamento. Mesmo assim, esses sistemas carecem de aperfeiçoamentos e melhorias, tanto construtivas como operacionais, e de treinamento da mão de obra envolvida. 

Dessa forma, os custos da operação de plantio não estão sendo reduzidos, pois, além de não ser eficiente, depende muito de pessoas, o que, nos dias de hoje, é um empecilho para que empresas e investidores vejam essa atividade com bons olhos. Diversas outras atividades agrícolas apresentam uma dependência pequena de mão de obra e são totalmente mecanizadas, tais como as culturas da cana-de-açúcar, soja, milho e outros.

O plantio manual apresenta, além do alto custo por hectare plantado e a dependência de pessoal, qualidade muito baixa, pela falta de homogeneidade e padrão das plantas, o que aumenta os inconvenientes da falta de mecanização dessa operação. 

Nos países escandinavos, o plantio mecanizado teve início na década de 1960, com o desenvolvimento de inúmeros protótipos e, posteriormente, máquinas robustas e sofisticadas que podem ser de arrasto, instaladas em forwarders, harwarders, e, mais recentemente, surgiram os cabeçotes plantadores adaptados em máquinas bases de escavadoras. 

Acompanhando essa tendência mundial, um grupo de empresas florestais buscou a Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP, e, juntos, consolidaram uma parceria inédita com um fabricante de equipamentos florestais, um fabricante de escavadoras e empresas de suporte, com sistemas de georreferenciamento, para projetarem uma plantadora de eucalipto e pinus no Brasil. 

Esse projeto envolve o desenvolvimento e a adaptação de um cabeçote para o plantio de mudas de espécies florestais em uma máquina base. O cabeçote foi adquirido junto ao grupo Bracke Forest, empresa sueca especializada na fabricação de equipamentos e acessórios para preparo de solo, plantio e colheita florestal. 

A John Deere forneceu a máquina base, ou seja, uma escavadora, a equipe de engenharia para projetar as modificações e as adaptações no novo conjunto de plantio e o suporte e o treinamento ao longo dos ensaios do novo equipamento. 

A Arvus se encarregou de realizar, durante a execução das atividades, o monitoramento da operação de plantio e o georreferenciamento de algumas feições de interesse, como fluxos e vazões de fertilizantes, água de irrigação e gel.

O equipamento idealizado poderá realizar o preparo de solo através da mobilização da área antes do plantio, independente do tipo de solo, da presença de pedras ou de resíduos agrícolas e florestais. Pode também, de forma oposta, não realizar a mobilização do solo, mantendo os sistemas antigos de preparos, adubação e irrigação existentes nas empresas para o plantio manual, tais como a subsolagem na linha de plantio.

Independentemente da opção ou do sistema adotado por qualquer empresa parceira no projeto, o equipamento está sendo projetado e construído para realizar o plantio de mudas de eucalipto, pinus e espécies nativas e, ao mesmo tempo, executar a irrigação com água ou água e gel e, ainda, a adubação em coveta lateral de cada muda plantada.

Mesmo após muitos anos de pesquisa e desenvolvimento de equipamentos para plantios mecanizados ou semimecanizados ao redor do mundo, observa-se que as questões de logística envolvidas numa operação de plantio, ou seja, a movimentação de mudas, sistemas de abastecimento/reabastecimento de fertilizantes e a irrigação, ainda não estão bem definidas. 

Os modelos adotados nos plantios manuais nem sempre são os mais racionais e, provavelmente, não poderão ser convertidos, nem mesmo parcialmente, durante a migração para sistemas mecanizados. Os cabeçotes de plantio e os equipamentos de suprimento da plantadora necessitam de adaptações para as condições nacionais de topografia, tipo de solo e espécie florestal a ser plantada. 

Espera-se que, ao término desse projeto, o produto final tenha a habilidade de realizar múltiplas operações em um único equipamento, com custos compatíveis com a introdução de um novo conceito nessa operação florestal. Além disso, essa redução de custo vem ao encontro do aumento do interesse de adoção dos Sistemas Florestais de Curta Rotação (SFCR) para fins energéticos, ou seja, a biomassa.


Fonte: http://www.revistaopinioes.com.br/cp/materia.php?id=863

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ministério do Meio Ambiente vai contratar imagens de satélite para o Cadastro Ambiental Rural


Nos próximos dias será autorizada a contratação da empresa que irá produzir imagens a ser usadas como base para o CAR, previsto no novo Código Florestal
A novidade foi apresentada ontem pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, após participar de evento da revista Exame na capital paulista sobre sustentabilidade.

"A partir da assinatura do contrato, as imagens devem ser entregues em 60 dias", informou a ministra. "Nós vamos fazer o termo de cooperação com os estados e vamos passar isso [as imagens] para eles. Quem tem seu sistema de cadastro estadual vai poder utilizar as imagens e quem não tem vai usar o sistema federal", explicou.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, o trabalho exigirá a integração de vários setores. "Nós vamos implantar o cadastro e iniciar um processo de mobilização que não é só do poder público, mas das entidades de classe", apontou. Ela informou que o prazo para elaboração do cadastro é de dois anos.

Izabella Teixeira disse que o ministério já está conversando com entidades como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf). "Precisamos de um grande engajamento para construir o cadastro e saber, de fato, não só quais são as áreas de preservação permanente, de reserva legal, mas também a situação dos imóveis rurais no Brasil", destacou.

O novo código prevê a obrigatoriedade do Cadastro Ambiental Rural para todas as propriedades rurais. A finalidade, de acordo com o documento, é "integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento."

Durante o encontro em São Paulo, que abordou a situação da água no mundo e o melhor aproveitamento dos recursos hídricos, a ministra do Meio Ambiente destacou também o papel central que as empresas devem ter para a efetivação de políticas de desenvolvimento sustentável.

"O homem de negócios hoje tem que lidar com incertezas do seu planejamento estratégico de médio e longo prazo. São incertezas não só sobre o ambiente de mercado ou linhas de financiamento, mas estão relacionadas também às próprias condições ambientais. Teremos oferta de recursos hídricos nas mesmas condições que nós temos hoje?", questionou.

Izabella Teixeira disse que os próprios consumidores devem exigir que as indústrias produzam de forma mais responsável. "[A produção com padrões sustentáveis] determina uma inserção no mercado em torno de um consumidor consciente, que está associado a um perfil de classe média, classe média alta, mas que, nos próximos dez anos, vai ser mainstream [padrão] de mercado", avalia.

A ministra acredita que uma das principais formas de permitir mudanças nos padrões de produção e consumo é pelo intermédio da gestão de recursos hídricos. "Se a gente quer falar tão diretamente sobre desenvolvimento sustentável, tem que tocar na questão da água, porque ela é estruturante para vários segmentos econômicos e para a qualidade de vida da sociedade", destaca.

Izabella Teixeira defende o aperfeiçoamento da Lei de Recursos Hídricos por meio de instrumentos legais ou normativos que interfiram, por exemplo, no tempo entre a outorga e o licenciamento ambiental dos espelhos dágua. "Eu tenho condições de dar outorga de bacia hidrográfica por inteiro e não mais por empreendimento. É só ter uma visão estratégica de planejamento e de uso do recurso de maneira integrada na bacia, mas a lei não está construída para me favorecer isso", explicou.

Camila Maciel/Agência Brasil

Governo adota novas medidas para conter aumento de contágios

  Em razão do significativo aumento no número de pessoas contaminadas pela Covid-19 no Paraná, o Governo do Estado produziu um novo instrume...