quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Departamento de florestas plantadas é prioridade no Paraná




A medida está contida no decreto nº 6.883/12, que também reestruturou toda a Secretaria de Agricultura e Abastecimento


O setor de florestas plantadas do Paraná agora está diretamente ligado à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab). No fim de 2012, após uma reestruturação administrativa, foi criado o Departamento de Florestas Plantadas (Deflop). Esta semana, diretores da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) se reuniram com o secretário da Seab, Norberto Ortigara, para dar continuidade à implantação do Deflop.
Toda a reestruturação da Seab está contida no decreto nº 6.883/12. De acordo com o diretor executivo da Apre, Carlos Mendes, fazia muito tempo que os produtores de florestas plantadas reivindicavam um órgão de desenvolvimento específico no Paraná. Portanto, com a criação do Deflop esta demanda foi atendida. A reunião da Apre com o secretário Norberto Ortigara também tratou de temas como, por exemplo, a adequação do código florestal no Paraná, o incentivo ao uso de madeira na construção civil nos programas do Governo Estadual e as ações das patrulhas rurais nas estradas municipais.
Para Carlos Mendes, este departamento irá criar ações conjuntas do Governo e da iniciativa privada e formatação da Política Florestal do Estado. “A Apre representa uma grande parte do setor florestal, mas a criação do Deflop é para todos que fazem parte desta cadeia produtiva, porque significa uma política específica para toda a área florestal”, comenta Mendes. Hoje, pelos números oficiais, há 850 mil hectares de florestas plantadas no Paraná.
Apesar da falta de dados oficiais, acredita-se que esta área é bem maior, podendo chegar a 1,4 milhões de hectares, dos quais 80% são de pinus e 20% de eucalipto. Toda a produção florestal alimenta as indústrias de celulose, papel, chapas e compensados. Em todo o Paraná, o setor florestal hoje é responsável pela manutenção de 100 mil empregos diretos, 200 mil indiretos e 300 mil de efeito renda. Pelo menos 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB) paranaense vêm do complexo exportador florestal, sendo superado apenas pela soja e pelas carnes de aves.
Fonte: Painel Florestal.


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Investir em florestas tem retorno mais seguro que ouro












Segundo estudo da Consufor, o investimento em florestas ocupa 2º lugar no maior retorno e só perde em segurança para caderneta de poupança


Sabe aquela história de valer mais que ouro? Então, apesar do ouro ainda ser o investimento que dá mais retorno, pode ser mais aconselhável investir em florestas. Segundo um estudo desenvolvido pela Consufor nesse mês de janeiro, o segmento de florestas apresenta o investimento com segundo maior retorno (15% IMA 45 e 11% IMA 40) e o segundo menor risco (1,7%). O investimento em florestas só não é mais seguro que a caderneta de poupança que segue com 0,1% de risco, e só não tem mais retorno que o ouro (17%).
O estudo analisou o retorno econômico nos últimos cinco anos de seis diferentes alternativas de investimento: ouro, dólar, título público, ações (IBOVESPA), poupança e floresta.
"Além dos aspectos econômicos, o retorno ambiental e social proporcionado pelo investimento florestal é comparável com as demais alternativas analisadas, uma vez que gera benefícios diretos para a economia da região do empreendimento", explica a consultoria.
Além do retorno, a CONSUFOR analisou o risco dos investimentos em comparativo com o índice Sharpe. Para estudar o retorno de florestas a consultoria considerou parâmetros de custos silviculturais, remuneração da terra, preços e produtividades observados em florestas de eucalipto em Minas Gerais; para os riscos foi considerado o histórico de rentabilidade da carteira de investimento florestal NCREIF. Para os demais investimentos foram utilizadas informações do Banco Central, Tesouro Direto, Bovespa e IPEADATA.
Apesar dos dados, a CONSUFOR ressalta que "para alcançar esse retorno , é necessário um bom plano de negócio que descrave em detalhes um plano operacional e comercial factível de ser executado, além de uma gestão de alta performance do ativo".
Fonte: Painel Florestal

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Embrapa cria soja 'preta' para ganhar o paladar brasileiro




Se tudo correr como planejado, em cinco anos a Embrapa Soja, a Empresa de Pesquisa de Minas Gerais (Epamig) e a Fundação Triângulo lançarão no mercado uma variedade de soja preta, parecida com o feijão da mesma cor após cozida, mas com uma promessa que pode torná-la ainda mais popular que a estrela da feijoada: a de retardar o envelhecimento.

Assim como outros grãos e frutas de pigmentação escura, o grão conta com a antocianina, substância que combate a ação dos radicais livres no organismo humano.

O produto faz parte de uma pesquisa que já dura dez anos e pertence a um programa de quase três décadas de melhoramento da soja da Embrapa. Desde que chegou ao Brasil, em 1908, junto com os primeiros imigrantes japoneses, a oleaginosa não caiu no agrado do paladar do brasileiro, cujo consumo é tão pequeno que sequer é medido por estatísticas. Os japoneses, pelo contrário, consomem 8 gramas diários do grão.

Por essa razão, a soja preta é vista como a nova tentativa de conquistar o consumidor. "O apelo do produto é semelhante ao de outros alimentos funcionais que são benéficos ao organismo", diz a pesquisadora da Epamig, Ana Cristina Juhász. Segundo ela, os estudos conseguiram atenuar a ação da enzima lipoxigenase, responsável pelo gosto rançoso do grão que tanto afasta o comprador.

Na sua opinião, a vantagem dessa nova soja é a possibilidade de ser cozida junto ao feijão preto, produto mais tradicional no Rio de Janeiro e Sul do país. "Mas ela pode ser feita separadamente", acrescenta.

Seu colega de pesquisa da Embrapa Soja, Vanoli Fronza, afirma que duas variedades cultivadas de forma experimental no Triângulo Mineiro apresentaram rendimento e custo de produção parecidos com o de outras cultivares. "O produtor não vai encontrar diferenças agronômicas", diz. Na reta final, uma variedade será escolhida e avaliada em relação a sua aceitação de mercado. A expectativa é que o preço final, de R$ 4 por quilo, seja igual ao do feijão preto.

Fronza pondera que o produtor precisará se preocupar com a aparência dos grãos. "Os que estiverem fora do padrão de cor e tamanho devem ser descartados". Ele alerta que esses grãos refugados dificilmente serão aceitos pela indústria de óleo, pois sua coloração altera o produto final. "Mas a indústria de ração pode se interessar pelo descarte".

A soja preta incorpora outras opções de oleaginosas no mercado, como a de cor marrom que foi lançada em 2011 e, por enquanto, disponível no Rio de Janeiro e no Triângulo Mineiro. Neste caso, a proposta da pesquisa é parecida - a de suavizar o sabor para aproximar o consumidor do grão que também pode ser preparado com o feijão carioca. "A mistura deles resulta em uma alimentação enriquecida de proteína e cálcio", diz Fronza. Até agora são 500 hectares cultivados com a variedade por meio de parceria com empresas que investiram no desenvolvimento da cultivar, como o Grupo Boa Fé - Ma Shou Tao, em Uberlândia (MG), que atua na área de grãos, pecuária e sementes.

Os pesquisadores Ana Cristina e Fronza reconhecem que a pouca publicidade desses produtos é uma das principais razões para que não deslanchem no mercado, apesar de todo o apelo que carregam como alimentos saudáveis. Para eles, conquistar o público jovem (refeições nas escolas públicas faz parte de uma das estratégias da Embrapa) seria uma forma de quebrar preconceitos e formar um novo consumidor.

Fonte: Valor Econômico - 18/01/2013

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Senado pode ser incumbido de avaliar políticas públicas ambientais



Se aprovada proposta, casa deverá avaliar periodicamente a execução das políticas públicas ambientais da União, estados, Distrito Federal e municípios

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) deseja que o Senado seja incumbido de avaliar periodicamente a execução das políticas públicas ambientais da União, estados, Distrito Federal e municípios, assim como o desempenho dos órgãos e entidades que integram a estrutura do Sistema Nacional do Meio Ambiente.
Proposta nesse sentido (PEC 11/12), de sua autoria, aguarda designação de relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ). O mesmo texto determina que o Legislativo instituirá, como órgão auxiliar, o Conselho do Meio Ambiente e Sustentabilidade, destinado a fiscalizar o exercício do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, previsto no artigo 225 da Constituição.
Aloysio Nunes afirma que a iniciativa do projeto nasceu de sua preocupação com a lei que hoje rege o assunto. Ao criar o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), a lei 6.938/81 estabeleceu uma rede de órgãos nos diversos níveis da federação para planejar, coordenar, executar e controlar a política nacional de meio ambiente.
“Diante da complexidade estrutural do Sisnama, do desafio que a ele se impõe no cumprimento de sua missão e nas possíveis situações de conflito, inerentes a um organismo de tal natureza, é imprescindível que o Senado acompanhe de forma mais expressiva e amiúde o desempenho dos diversos componentes do Sistema no exercício de suas ações administrativas específicas” – afirma o senador na justificação do projeto.
Ao propor a criação do Conselho do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Aloysio Nunes preconiza que o organismo congregue, em um amplo fórum, representantes da sociedade civil de notório saber ambiental com a atribuição de debater temas que ganham maior relevância nas agendas nacional e internacional, como gestão de recursos hídricos, mudanças climáticas, conservação da biodiversidade e economia verde.
Fonte: Painel Florestal.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Embrapa avalia pecuária leiteira na integração Lavoura-Pecuária-Floresta



Pesquisadores avaliam benefícios da integração no aumento da produtividade


O desempenho dos animais e a produção de leite na integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) são algumas das características que serão analisadas por pesquisadores em experimento instalado na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT). O trabalho teve início em 2011, com o plantio das espécies florestais e da primeira safra agrícola. Agora, dois anos depois, o ensaio já conta com os primeiros animais.
A iLPF é uma estratégia de produção em que se associam em uma mesma área os componentes agrícola, animal e espécies florestais, de maneira sucessiva ou alternada. Segundo os especialistas, esta é uma forma de produção sustentável, uma vez que em um mesmo espaço pode se produzir grãos, fibras, carne, leite, madeira e frutos.
“A iLPF tem grandes vantagens em relação às culturas solteiras por questões técnicas, como a rotação de culturas. Isto proporciona melhor ciclagem de nutrientes, melhoria nas características químicas e físicas do solo, controle de doenças, conforto animal, entre outras questões como o aspecto econômico. Como você tem diferentes fontes de renda, você tem menor vulnerabilidade, proporcionando maior segurança em relação às flutuações de preços”, explica o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agrossilvipastoril, Austeclínio Farias.
iLPF na pecuária leiteira
No experimento da Embrapa Agrossilvipastoril que avalia a iLPF na produção leiteira, foram feitos três diferentes cenários. Em um deles os animais ficam o tempo todo em pasto sem sombreamento. Em outro, árvores plantadas nas bordas dos piquetes garantem sombra parcial. Já no terceiro arranjo, foram plantadas fileiras triplas de árvores a cada 15 metros, gerando sombra em meio à pastagem.
Segundo a pesquisadora Roberta Carnevalli, as árvores vão proporcionar conforto térmico aos animais que terão sombra disponível. A expectativa é de que isto resulte em maior produtividade quando comparados aos animais que estarão expostos ao sol durante todo o dia, sobretudo devido ao forte calor mato-grossense.
“Esperamos uma diferença no desempenho dos animais em função da disponibilidade de sombra. Quanto mais sombra o animal tiver, melhor o conforto e melhor o desempenho. A grande dúvida é se a quantidade de sombra só nas laterais já é o suficiente para garantir o máximo desempenho naquela condição ou se seria mesmo necessário maior quantidade de sombra”, explica a pesquisadora.
Neste primeiro momento, estão sendo avaliadas novilhas mestiças de holandês com gir, com grau de sangue ¾ e 7/8.
Componente florestal
A integração lavoura-pecuária-floresta permite utilizar uma série de espécies florestais, sejam elas nativas ou exóticas, madeireiras ou não madeireiras. Neste experimento da Embrapa Agrossilvipastoril foram utilizados eucalipto e castanheira, sendo que uma muda de castanheira foi plantada a cada 14 metros, em meio às linhas de eucalipto. Segundo Roberta Carnevalli, a escolha do eucalipto foi em função do maior conhecimento sobre as características da planta e devido ao seu rápido crescimento.
“A decisão é em função da quantidade de conhecimento que já se tem e da velocidade de crescimento das árvores. Em um ano e meio, dois anos, já estamos avaliando efeito de sombreamento. Além disso, é uma madeira que o pequeno produtor pode usar na fazenda para fazer curral, uma cerca ou mesmo comercializar.”, afirma.
Já a castanheira está sendo experimentada como possível fonte extra de renda para pequenos produtores que adotem a iLPF, uma vez que poderão coletar a castanha-do-brasil. Além disso, a árvore manteria o sombreamento para os animais após o corte do eucalipto.
Rotação da área
O experimento com iLPF para gado de leite da Embrapa Agrossilvipastoril tem 40 hectares, divididos em quatro quadrantes de 10 hectares. Em cada um deles foram aplicados os três sistemas, com área sem sombreamento, com sombreamento nas bordas e fileiras triplas no meio. O objetivo é que, ao longo de quatro anos, cada quadrante passe dois anos com pastagem e dois anos com lavoura.
Neste trabalho, tenta-se simular as condições de uma propriedade leiteira, onde a lavoura é utilizada principalmente em prol da alimentação dos animais. Assim, planta-se milho para a produção de silagem e o feijão-caupi.
“Para fechar o sistema e melhorar a disponibilidade de nitrogênio no solo, precisávamos inserir uma leguminosa. O feijão-caupi tem uma flexibilidade de uso que é importante para uma propriedade de leite, que geralmente não tem escala e tecnologia que viabilizem o plantio da soja. Com o feijão-caupi, o produtor pode usá-lo na alimentação de sua família, pode vendê-lo, pode alimentar os animais com os grãos e ainda pode por os animais para pastejar, caso tenha algum problema de falta de pastagem”, explica a pesquisadora Roberta Carnevalli.
Desta forma, uma parcela do experimento terá no primeiro ano milho consorciado com braquiária ruzizienses na safra e feijão-caupi na safrinha. No segundo ano, planta-se milho consorciado com braquiária Piatã, colhendo-se o milho em grão e formando-se a pastagem para os dois anos seguintes. Esta pastagem receberá as novilhas em crescimento no terceiro ano do sistema e as vacas em lactação no quarto ano. A partir do quinto ano o ciclo é reiniciado. Sendo assim, há uma rotação em que sempre dois quadrantes estarão ocupados pela agricultura e dois pelas plantas forrageiras.
“Com a rotação, você melhora o desempenho do sistema. Cada planta terá seu papel em termos de melhorar a estrutura do solo e melhorar a fertilidade. Uma fixa nitrogênio, outra aprofunda as raízes, outra gera matéria orgânica, etc.. Cada planta tem a sua função para melhorar e, no fim das contas, otimizar a produção de cada uma delas”, explica Carnevalli.
Avaliações
Além da produção de leite, o experimento de integração lavoura-pecuária-floresta possibilitará uma série de outras pesquisas desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar. Estão sendo avaliados a dinâmica de carbono e de água, as características físico-químicas e a microbiologia do solo; indicadores de sustentabilidade, emissão de gases de efeito estufa e microclima; desempenho da lavoura, das plantas forrageiras e das espécies florestais; manejo de pragas e doenças; além do aspecto econômico do sistema integrado de produção.
De acordo com o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agrossilvipastoril, Austeclínio Farias, a expectativa é que deste experimento sejam gerados resultados científicos ao longo dos próximos 15 anos.
“Tem resultados que sairão em curto prazo. Esta questão do conforto animal, por exemplo, esperamos logo nas primeiras lactações já ter dados sobre a influência do sombreamento na produção. Agora, existem outros resultados, por exemplo, a parte física e química do solo, quantidade de matéria orgânica e emissões de gases de efeito estufa que, até pela natureza dos temas, você precisa de um tempo maior. Saber quando nós teremos estes resultados é um dos objetivos do estudo”, afirma.
Fonte: Painel Florestal.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

IAP atende a reivindicação da FAEP




Alertada por meio de seus Sindicatos Rurais de que o IAP estava exigindo dos produtores o cumprimento do SISLEG (Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção da Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente) sem levar em conta o novo Código Florestal, a FAEP pediu esclarecimentos àquele órgão ambiental.

Ocorre que o novo código estabeleceu a criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Programa de Regularização Ambiental (PRA) como a base legal para as intervenções no meio ambiente. Isso significa que deverá ocorrer o registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico, e combate ao desmatamento.

Entretanto, até dezembro, não havia uma plataforma de inscrição do cadastro, ou seja, ele não foi implantado. Diante desse cenário, a FAEP reuniu-se com o órgão ambiental e solicitou, em resumo, que fosse aguardada a implantação do CAR, que regularizará a transição e a migração dos dados do Sisleg nos parâmetros fixados pela Lei 12.651/2012 (Código Florestal).

E na edição 8.866 do Diário Oficial do Estado do Paraná, de 27 de dezembro de 2012, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e o Instituto Ambiental do Paraná emitiram uma resolução conjunta em que:

1) Suspenderam os efeitos do Decreto nº 387/99 e Decreto nº 3320/2004, referentes ao Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção da Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente (Sisleg), por um período de até 180 dias, enquanto o IAP elabora e implanta novos procedimentos.

2) Suspenderam os efeitos que se referem à exigibilidade de formalização de novos Termos de Compromisso com base nos referidos decretos, exigibilidade de Sisleg nos procedimentos de fiscalização e de licenciamento ambiental, novos e em andamento.

3) Suspenderam as aplicações de sanções administrativas, relativamente aos Termos de Compromisso inadimplentes, sem deliberação definitiva, em análise no IAP.

Fonte: Sistema FAEP

Para os produtores que possuem alguma irregularidade em sua propriedade que prejudicaria em caso de novos licenciamentos ambientais ou autorização florestal que dependia da anuência do IAP através do SISLEG esse é o momento de buscar a respectiva regularização.

A MS - Agroflorestal & Topografia após alguns meses de inatividade, devido estar prestando serviços no Estado do Maranhão, volta a atender seu clientes no mesmo local. Rua XV de Novembro, 373 - Junto ao Sindicato Rural.

Estamos a disposição para esclarecimentos e futura regularização de seu imóvel.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Certificação garante origem da madeira



Selo ou documento de procedência florestal atesta a procedência do material atestando a legalidade e o cumprimento da legislação em todo o processo produtivo


A certificação é a principal garantia do comprador de que o a madeira adquirida para uso em reformas ou na construção possui origem legal e atende critérios ecológicos, sociais e econômicos. O processo garante a legalidade na forma da extração, como também o cumprimento dos direitos de quem trabalha no setor além dos cuidados com as comunidades próximas às florestas.
De acordo com a ONG manejo florestal responsável, Forest Stewardshio Council (FSC), a certificação somente é concedida às empresas que respeitam a legislação municipal, estadual, nacional e internacional, pagam todos os impostos referentes à atividade, não usam mão de obra escrava ou infantil, entre outros aspectos. Depois de concedida a certificação, a empresa é auditada anualmente para verificar se todos os critérios continuam sendo atendidos e, no fim de cinco anos, recebe nova avaliação.
Segundo a coordenadora de planejamento florestal da incorporadora de áreas de reflorestamento Remasa, Maite Ribeiro, o processo visa a melhoria e fiscalização contínua. A empresa recebeu em 2011 a certificação para a floresta plantada de pinus.
“É uma exigência e uma garantia de competição. O mercado está exigindo tanto para importação quanto para exportação. Muitas empresas já têm e quem não tem, está buscando”, afirma.
Selo
O diretor-executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Carlos Mendes lembra que nem toda madeira que está no mercado é de floresta certificada, mas pode ser de floresta plantada. “Por isso é importante a certificação”, explica. De acordo com o engenheiro agrônomo da empresa de consultoria ambiental Eccoambiental Rubens Secco, o mercado brasileiro ainda está no início da exigência da certificação, mas a tendência é que a procura por materiais certificados aumente. “Ainda não há uma procura efetiva apenas por material certificado. Na Europa, a demanda é diferente. Lá somente se compra se conhecer a origem”, aponta.
A principal sugestão para os compradores é que exijam, antes de fechar o negócio, o Documento de Origem Florestal (DOF), para madeiras nativas, e o número da certificação presente na nota fiscal.
“O consumidor normalmente não pede o DOF, mas pode ser pedido. Quando falamos em procedência de material vegetal, a certificação já supre a necessidade”. Secco diz ainda que os materiais resultantes da madeira certificada, como papel, papelão, trazem nas etiquetas o selo da certificação, provando que toda a cadeia antes daquele produto é certificada. “Neste selo aparece também o número da certificação que pode ser consultado no site da organização certificadora para confirmar a validade.”
Na madeira, como não há o selo colado nas placas, tábuas, o comprador deve buscar a comprovação através da nota fiscal. Lá consta o número para verificação.
Classificação indicará resistência do material
O objetivo do mercado da madeira para a construção civil é o de criar um padrão de classificação baseado na resistência do produto. Esse sistema visa atender a finalidade de uso do material no mercado da construção civil.
Desta forma, os materiais usados na parte estrutural na construção civil serão separados de acordo com a resistência e serão empregados de forma adequada no canteiro de obras.
A madeira já tem uma classificação baseada em normas técnicas que a divide em classes de resistência. O cálculo é feito com base na compressão e na capacidade de resistêcia para fins estruturais.
“No Brasil ainda não é utilizada essa norma. Com ela, o engenheiro vai fazer o cálculo e explicar que, para aquele empreendimento, vai precisar de uma madeira com resistência da classe 30, independente de qual madeira for”, explica o engenheiro civil e da Szücs Engenharia-Arquitetura, Carlos Szücs,
Além da classificação de resistência, a madeira precisa atender exigências visuais e, portanto, é muito importante o diálogo entre todos os segmentos do processo. “Neste ponto é importante o trabalho em conjunto com o pessoal da área florestal. Para que a madeira não tenha grandes nós, grandes defeitos, é preciso ter um manejo florestal correto”, aponta o engenheiro.
Fonte: Gazeta do Povo.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Abelhas ameaçam deter pulverizadores



Ibama quer proibir aplicação de quatro agrotóxicos com aviões. Agronegócio entra em alerta por considerar que lavouras ficarão vulneráveis


O governo federal resolveu condicionar a aplicação de quatro princípios ativos nas pulverizações com uso de aviões e provocou forte reação do agronegócio. As proibições estão em comunicado do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), divulgado em julho, que encontra rejeição em debates puxados por parlamentares e líderes de entidades do setor. Houve flexibilização para a safra atual, mas o agronegócio segue alegando que as lavouras serão expostas a riscos sanitários e que haverá prejuízos à cadeia produtiva. 


A decisão do Ibama restringe a aplicação aérea dos ingredientes ativos Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil e usa como base estudos internacionais que apontavam a ocorrência de efeitos adversos como, por exemplo, a morte de abelhas expostas aos produtos. Segundo o órgão, o problema no uso dos aviões é a ocorrência da deriva — desvio provocado pelo vento.
O primeiro ponto questionado pelo agronegócio é a falta de prazo para qualquer adaptação. Ex-ministro da Agricultura e atualmente deputado federal, Reinhold Stephanes (PSD-PR) argumenta que todos os lados deveriam ter sido ouvidos previamente. “Uma vez avaliados os malefícios, deve-se partir para uma discussão técnico-científica para resolver a questão. A retirada dos produtos tem que ser planejada”, avalia.
Em Mato Grosso, onde cerca de 20% da área de soja recebe aplicações aéreas, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) estima que as proibições podem gerar prejuízo de R$ 14 bilhões até 2020. “Há casos de produtores que fizeram a compra antecipada desses produtos, antes da proibição, e agora se veem impedidos de fazer a aplicação”, afirma Luiz Nery Ribas, diretor técnico da instituição. 
Segundo ele, os produtos que poderiam substituir os princípios que sofrerão a restrição ainda são ineficientes ou necessitam de mais aplicações. “Seriam necessários, no mínimo, seis anos para realizar essa mudança”, estima. 
Mapa e Ibama já anunciaram que a medida será flexibilizada nesta safra para as culturas de algodão e soja. Deve ser autorizado o uso dos produtos após o período de floração das culturas. A medida ainda não saiu no Diário Oficial, mas segundo Luís Rangel, coordenador geral de agrotóxicos e afins do Mapa sustenta que “a revisão e a conclusão da proposta de ato normativo conjunto deve ser publicada nos próximos dias, permitindo a condução da safra com as tecnologias disponíveis”. 
Cronologia

Entenda a sequência de eventos que geraram o impasse da pulverização aérea.

19 de julho de 2012
Um comunicado oficial do Ibama divulgado no Diário Oficial da União desautorizou a aplicação aérea de produtos com os princípios ativos Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina ou Fipronil, isolados ou em mistura com outras substâncias. Para a aplicação terrestre não foram feitas restrições.
03 de outubro de 2012
Visando reduzir os impactos econômicos da adoção imediata da medida, uma nova determinação foi divulgada no Diário Oficial, desta vez por meio de um ato conjunto entre o Ibama e a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura. A pulverização aérea dos princípios ativos foi liberada até o dia 30 de junho de 2013, mas com uma limitação no número de aplicações. Para cada região, foi fixado um cronograma com janelas de autorização para o uso dos produtos, fato que também gerou controvérsia no setor.

17 de dezembro de 2012
Após manifestações do setor, o Mapa anunciou uma nova regulamentação, válida apenas para as culturas de algodão e soja. O cronograma para as aplicações foi flexibilizado, sendo autorizado após o período de floração das culturas, quando não há mais abelhas. A instrução normativa é oficial, mas ainda não foi publicada no Diário Oficial.

Fonte: Gazeta do Povo.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Paraná lidera adesão ao Plano de Agricultura de Baixo Carbono



R$ 174,9 milhões foram liberados para 572 contratos no Estado


O Paraná lidera a adesão dos produtores ao Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), estabelecido pelo Governo Federal. No Plano Safra 2012/13, foram liberados financiamentos no valor de R$ 174,9 milhões, correspondentes a 572 contratos estabelecidos com produtores paranaenses. Outros 220 contratos, que somam R$ 65,4 milhões, estão em avaliação nos bancos.
Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o Plano ABC é uma proposta inovadora de fazer a agricultura, com tecnologia e sem impactos ao meio ambiente. Ele incentiva o produtor a adotar tecnologias de desenvolvimento sustentável com o acesso a financiamentos disponíveis, que oferecem taxas atrativas e estão à disposição nas agências do Banco do Brasil e BRDE.
O programa que estiver dentro de uma visão de integração e baseado em tecnologias geradas pelos institutos de pesquisas, será contemplado para facilitar o financiamentos bancários ao produtor. Os financiamentos apresentam taxas abaixo da inflação, sendo 5% de juros ao ano e prazo de pagamento de até 15 anos, dependendo da finalidade.
Neste ano, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, através do Grupo Gestor Estadual do Plano ABC – Agricultura de Baixo Carbono - concentrou esforços em promover a capacitação dos técnicos e produtores.
Conforme levantamento feito pelo Grupo Gestor do ABC, foram 23 atividades que resultaram na capacitação de 7.293 pessoas. “Todas as entidades parceiras do grupo se envolveram para dar velocidade aos cursos e reuniões técnicas”, disse o secretário executivo do Grupo Gestor, Renato Viana.
Agora, a Seab se prepara para conduzir o processo de integração do Programas de Gestão de Solo e Água em Microbacias e os demais programas que geram renda como bovinocultura de corte, leite, lavouras de grãos e outros, todos no cenário das microbacias, que constituem a base do desenvolvimento rural sustentável no Paraná em 2013, conforme o Plano de Governo.
Qualificação – segundo o técnico, um diagnóstico prévio indicou a falta de qualificação para implementar os projetos contemplados no plano ABC como os programas de Integração, Lavoura, Pecuária e Floresta e outros na mesma linha de desenvolvimento rural sustentável que impediam ou dificultavam essas práticas.
Ficou clara a necessidade de conservação de solos e água e agora o Paraná está investindo novamente nessa área. O Estado, através da Seab e empresas vinculadas, dispõe de conhecimento acumulado de 40 anos nesta área de conservação e manejo de solos e vai usar esta plataforma como base para o desenvolvimento sustentável.
Num cenário de microbacia devem se integrar os programas executados pela Seab como Gestão de Solo e Água em Microbacias, Estradas da Integração, Habitação e Saneamento Rural, Agroindústria Familiar, Florestas Plantadas, Fundo de Aval, Seguro Rural, Trator Solidário, programas de Ovinos e Caprinos, Cafeicultura, Bovinocultura Leiteira e de Corte, Avicultura, Suinocultura, Apoio aos Assentamentos Rurais e muitos outros.
A próxima etapa será concentrar e integrar todos os programas de geração de renda no meio rural e urbano no contexto da microbacia, que é a base para a implementação do Plano ABC no Paraná. Para 2013 a Seab e o Instituto Emater pretendem intensificar o programa de Gestão de Solo e Água em Microbacias e organizar a integração das atividades geradoras de renda. Estão em processo de cadastro cerca de 150 municípios que terão todas as ações de forma integrada.
Os encontros, cursos e seminários feitos em 2012 foram promovidos pelas entidades que compõem o Grupo Gestor Estadual do Plano ABC no Paraná como Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Instituto Emater, Embrapa Florestas, Itaipu Binacional, Ocepar, Banco do Brasil e Faep/Senar-PR, Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal.
Fonte: Painel Florestal.

Governo adota novas medidas para conter aumento de contágios

  Em razão do significativo aumento no número de pessoas contaminadas pela Covid-19 no Paraná, o Governo do Estado produziu um novo instrume...