terça-feira, 26 de março de 2013

Código Florestal Começa a Sair do Papel



Aprovado no fim de 2012, o novo Código Florestal vai começar a ser implementado no Paraná a partir de abril. Três meses após a suspensão temporária do Sistema Estadual de Registro da Reserva Legal (Sisleg) – norma que definia a questão ambiental no estado desde 1999 –, começa agora o trabalho de preenchimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), primeira etapa na migração para as novas regras e que oficializa a Reserva Legal e eventuais Áreas de Preservação Permanente (APPs) das propriedades. O fator que permitiu o avanço no processo veio na semana passada, depois de o Ministério do Meio Ambiente ter enviado ao estado imagens de satélite atualizadas das propriedades rurais.

As fotografias fazem parte do CAR e permitem a visualização das áreas com aproximação real de até cinco metros. Também foi disponibilizado acesso ao sistema informatizado que vai unificar os cadastros em todo o país. Apesar das novas regras, os produtores que estão regularizados no Sisleg não vão precisar recomeçar o processo do zero. Precisarão complementar o cadastro anterior somente. Hoje são cerca de 130 mil propriedades nessa condição, de um total de 512 mil.

Para o cadastramento das demais áreas, o IAP articula o estabelecimento de parcerias com outras entidades ligadas ao agronegócio, como o Instituto Emater e a Secretaria da Agricultura do Paraná, visando agilizar o processo. Na prática O CAR serve como diagnóstico de como está a situação do estado. A partir dele é possível definir as diretrizes do Programa Regularização Ambiental (PRA).


Os estados têm até o fim de maio para divulgar o edital do programa, levando em conta as particularidades de cada região. “O cadastro é claro, faz uma fotografia da propriedade naquele momento. Depois desse processo o PRA define o que o produtor precisa fazer”, explica Carla Beck, especialista na área ambiental do Departamento Técnico Econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).

Veja como foram implantadas as mudanças na Lei

25 de maio de 2012 – Após extenso trâmite político, presidente Dilma Rousseff sanciona lei, vetando 12 artigos e fazendo 32 modificações no texto oriundo da Câmara, enfrentando pressão de ambientalistas e ruralistas. No mesmo dia editou-se uma Medida Provisória que altera a Lei nº 12.651/12, destacando os pontos vetados.

18 de setembro de 2012 – Após negociações entre o governo, parlamentares e entidades interessadas, a Medida Provisória foi aprovada na Câmara dos Deputados. Uma semana depois, no dia 25 de setembro, foi a vez do Senado aprovar a MP.

18 de outubro de 2012 – Presidente Dilma sanciona MP que modifica o texto do Novo Código, encerrando a questão.

27 de dezembro de 2012 – Paraná suspende Sistema Estadual de Registro da Reserva Legal (Sisleg) por 180 dias, para adaptação a novas regras.

21 de março de 2013 – Estado recebe imagens de satélite e acesso ao sistema para realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR), primeira etapa na implantação do Novo Código Florestal.

2013/2014 – Com implantação do CAR, produtores devem passar para o Programa de Regularização Ambiental (PRA) para ajustar possíveis irregularidades em suas áreas. Regularização deve ocorrer em 20 anos.


Autor: Igor Castanho/ Jornal Gazeta do Povo

segunda-feira, 25 de março de 2013

Lançamento do Cadastro Ambiental Rural (CAR) deve acontecer até 25 de maio




O lançamento do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e também do Programa de Regularização Ambiental (PRA) deverá acontecer até o dia 25 de maio. Essa é a data em que expira o prazo para o lançamento dos dispositivos, segundo prevê a legislação. 

Entretanto, a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, espera adiantar o processo e lançar os programas já no próximo dia 2. Com isso, a partir dessa data, todos os estados brasileiros e mais o Distrito Federal terão um ano - prorrogável por mais outro - para fazer o cadastramento ambiental de todos os seus imóveis rurais. 

Nesta quarta-feira (20), os órgãos ambientais dos estados e do DF receberam o banco de imagens de satélites do Governo Federal que serão utilizadas na formação desses cadastros. São mais de cinco mil imagens de imóveis rurais distribuídos em todo o território nacional. 

"Cada estado está procurando se adaptar às normas e se organizar para fazer a implantação deste cadastro", disse o advogado da ONG Brasil Verde que Alimenta, Antônio Sodré. O advogado lembrou ainda que o sistema será individual para municípios, estados e federação. 

Confira a entrevista de Antônio Sodré clicando no link abaixo:


Fonte: Notícias Agrícolas 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Paraná recebe imagens de satélite para implantar Cadastro Ambiental Rural




O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Luiz Tarcísio Mossato Pinto, recebeu do Ministério do Meio Ambiente as imagens de satélite que irão auxiliar na implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Estado. As imagens compradas pelo Governo Federal foram repassadas aos estados durante a 109ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), nesta quarta-feira (20), em Brasília.

As imagens adquiridas permitirão a visualização das áreas de todos os estados com uma aproximação real de cinco metros. Isto deve facilitar o trabalho de monitoramento e fiscalização dos órgãos ambientais estaduais e federais, além da facilitar que proprietários rurais cadastrem suas propriedades e declarem as áreas de Reserva Legal de Proteção Permanente.

O Cadastro Ambiental Rural é uma nova exigência ambiental para os proprietários rurais após a aprovação da nova Lei Florestal Nacional (Novo Código Florestal), aprovado no ano passado e deverá ser implantado em todo o país. Para isso, o Governo Federal está criando um sistema de informação integrada que irá permitir o cadastro que será repassado aos estados ainda no primeiro semestre deste ano.

O presidente do Ibama, Volnei Zanardi, também garantiu ao presidente do IAP o repasse de um link de acesso administrativo ao sistema para que possa ser testado pelos técnicos do órgão. “O IAP é um órgão que tem tradição, que tem eficiência e trabalham com controle. A gente sabe que para o Estado não terá maiores dificuldades”, afirmou.

Os órgãos ambientais também estão programando uma agenda para capacitar os técnicos e entidades parceiras que irão auxiliar no cadastramento das propriedades rurais. Este curso deve ocorrer em abril. Será oficializada a parceria do IAP com as entidades produtivas parceiras a fim de estabelecer o cronograma e o plano de trabalho para a implantação do CAR no Paraná.

O presidente do IAP lembou que os órgãos estão em contato para garantir a integração do sistema federal com o do estado para que as propriedades rurais que se cadastraram no sistema estadual não sejam prejudicadas. Nesse caso, seria necessário somente uma complementação na declaração feita anteriormente no Estado.

“Nós temos cerca de 130 mil propriedades cadastradas no Paraná e não podemos perder estes dados. Muito menos fazer com que os proprietários sejam prejudicados por cumprirem a lei antes da alteração do Código Florestal”, disse.

Tarcísio ainda afirmou que o Governador do Estado, Beto Richa, fará o lançamento das parcerias para a implantação do CAR no Paraná dentro dos próximos dias. “Estamos em contato com a secretaria de Agricultura, Emater, associações e federações que estão dispostas a auxiliar os produtores rurais a fim de garantir agilidade, credibilidade e eficiência no CAR do Paraná”, disse.

No evento também foram entregues imagens para órgãos parceiros que devem auxiliar na formação de uma base cartográfica e de dados única para todo o país. Além dos órgãos estaduais que já firmaram o Termo de Cooperação Técnica com o Ministério do Meio Ambiente para a implantação do CAR, Incra, IBGE, Ministério da Agricultura e Ministério do Desenvolvimento Social também receberam o pacote.

O Estado do Paraná foi um dos primeiros a assinar o termo de cooperação técnica com o Governo Federal para cadastrar e regularizar suas propriedades rurais junto ao Novo Código Florestal.


Fonte: IAP.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Excesso de chuva prejudica agricultura no Paraná




O verão foi marcado pelas constantes passagens de frentes frias associadas ao tempo quente e úmido que favoreceu a formação de áreas de instabilidade e as pancadas volumosas e constantes sobre o Paraná. 

O mapa mensal de anomalia, mostra que no mês de Fevereiro, muitas áreas do centro-norte e leste do estado acumularam volumes de chuva bem acima da média. As primeiras semanas de março não foram diferentes, com muita chuva. 

Por causa do excesso de chuva, a colheita da soja está prejudicada o que influencia na semeadura do milho safrinha. Normalmente, uma máquina faz a colheita e, na sequencia, outro equipamento faz a semeadura. Nas últimas semanas, os agricultores já deram início à colheita, mas ainda há expectativa de mais pancadas de chuva, segundo os meteorologistas da Climatempo.

Nos próximos dias, com o deslocamento de uma nova frente fria sobre o Sul do Brasil, há risco de novos temporais, principalmente entre amanhã (20) e sexta-feira (22). O mapa de chuva mostra que, entre os dias 20 e 24 de março, podem ser acumulados aproximadamente 30 milímetros nas áreas do oeste e interior paranaense e até 50 mm em Foz do Iguaçu e no leste do Paraná.


Fonte: Sistema FAEP.

terça-feira, 19 de março de 2013

Ortigueira turbina produção de mel

Com melhoramento genético de abelhas e unidade de beneficiamento, município lidera ranking nacional e vislumbra exportação


Rodeada por resquícios da Mata Atlântica e florestas plantadas, Ortigueira se tornou um dos polos com maior potencial para liderar o ranking brasileiro de produção de mel. O município, que é forte na pecuária bovina, tem investido cada vez mais na apicultura como alternativa de renda, especialmente às famílias de pequenos agricultores. A vegetação farta na região é um prato cheio para as abelhas, que elevam os índices de produtividade e ganham destaque pela alta rentabilidade que geram aos criadores. Hoje, o município está entre os maiores produtores de mel do Brasil. Coleta cerca de 310 toneladas por ano. Mas isso ainda é pouco se comparado às metas locais.
Como o consumo interno de mel é considerado fraco, o setor vislumbra com o mercado externo. Um Centro de Transferência de Tecnologia Apícola (CTTA), em funcionamento desde outubro, e uma Unidade de Beneficiamento de Mel, que deve ser inaugurada no final deste ano, sustentam as apostas dos 180 apicultores.  O CTTA faz parte de um projeto âncora do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae), que reconheceu o perfil apícola de Ortigueira e levou em consideração o fato de a cidade ter o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Paraná.
Insetos aproveitam florestas plantadas e Mata Atlântica

Em outubro do ano passado, o Sebrae desenvolveu cursos de qualificação com os apicultores. O resultado do apoio está nas 80 caixas de colmeias de propriedade do empresário Julio César Generoso. Ele ainda divide seu tempo entre a fabricação de roupas, no centro, e o apiário a 20 quilômetros da área urbana, mas adianta: “Quero que a apicultura seja a minha atividade principal”. Generoso está entre os produtores de mel que começam a desenvolver técnicas da apicultura moderna, com caixas padrão, e a criar suas próprias abelhas-rainhas.
Júlio Generoso busca apoio em cursos de qualificação

Futuro
A Unidade de Beneficia­mento de Mel é considerada fundamental para aumentar os rendimentos. Hoje, a maioria dos produtores vende o produto para atravessadores, que envasam e certificam o mel para a comercialização. Com a unidade em funcionamento, os apicultores assumirão todo o processo. O terreno da Unidade já está comprado, às margens da BR-376, e o projeto está na fase documental e na liberação de licenças ambientais. A construção da Unidade será possível após o pagamento da indenização coletiva de R$ 1,2 milhão pelo consórcio Cruzeiro do Sul, que alagou apiários de Ortigueira para construir a usina hidrelétrica Mauá.
Décimo maior produtor mundial de mel, o Brasil embarcou 16,6 mil toneladas do produto no ano passado. O volume gerou uma receita de US$ 52,11 milhões, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). O Paraná se destaca no quadro como segundo maior exportador, com 3,02 mil toneladas e US$ 9,7 milhões em faturamento.
A vantagem brasileira, segundo especialistas, é que as abelhas africanizadas são resistentes a doenças e, portanto, o mel é produzido sem o uso de medicamentos. A exportação vem crescendo ao longo dos anos.
Para o presidente da Con­­­­federação Brasileira de Apicultura (CBA), José Cunha, o setor passa por um momento de crescimento, mas é preciso se espelhar nos demais países exportadores, como a China, que têm aumentado gradativamente a produção. “Somos capazes, sim, de dar um passo à frente”, aposta.
Fonte: Gazeta do Povo.


segunda-feira, 11 de março de 2013

Praga autraliana ameaça cultivo de eucalipto no Paraná




Produtores estão preocupados porque não sabem como combater a praga


Um perigo quase invisível tem preocupado agricultores paranaenses que cultivam eucalipto. José bernardi é um deles! Pequeno produtor plantou aproximadamente 28 mil pés em sua propriedade. Nos últimos meses percebeu que os eucaliptos estavam com apenas trinta centímetros quando deveriam já medir um metro de altura. Encaminhou mostras das plantas para análise em laboratório e o resultado confirmou que a cultura tinha sido vítima de uma praga. Infelizmente não teve jeito e o seu josé teve que interromper a produção e queimar todas as árvores. Tanto trabalho virou cinza! E para o desespero do produtor um prejuízo enorme já que além das árvores perdidas também tem o investimento em insumos que estão parados, estragando no celeiro.
Mas a praga não atacou os eucaliptos apenas do seu José. Nessa outra propriedade ela também fez um baita estrago. Aqui não escaparam nem as árvores maiores, plantadas há mais de um ano.
A tal praga que tem tirado o sono dos agricultores está sendo chamada de vespa da galha, de acordo com agrônomos ela tem pouco mais de 1 milímetro de comprimento e é de origem na austrália. Ainda não se sabe como ela chegou até o brasil a única certeza é sobre o poder de destruição dela, estima-se que cada vespa possa atacar até 200 pés em poucos dias.
Egídio Gottardo é agrônomo e tem estudado o comportamento das vespas. Ele explica como elas prejudicam o crescimento da planta e quais são os sinais deixados por elas. São nodulações muito salientes muito fortes, provocando a morte dos ponteiros da planta e mais pra frente a morte da planta inteira. Ataques da vespa já foram registrados em plantações de quase todos os estados do país. O primeiro foco foi encontrado há alguns anos na bahia. Desde então não são só os agricultores que se preocupam. essa empresa que trabalha no beneficiamento de grãos e no abate de animais, por exemplo, usa por dia cerca de 80 metros cúbicos de lenha. Cem por cento é de eucalipto e se o material faltar será preciso buscar outros combustíveis, como o gás, para manter os fornos funcionando. O que pode encarecer o produto final.
Neste momento técnicos correm contra o tempo para encontrarem uma saída. Isto porque ainda não se sabe exatamente como combater a vespa, já que até agora não existe nenhum produto capaz de matá-la.
Fonte: Painel Florestal

quarta-feira, 6 de março de 2013

Paraná lança primeira fase dos trabalhos para o Inventário Florestal

O Estado do Paraná, em parceria com o Governo Federal, lança nesta quarta-feira (6) o início das atividades da primeira fase dos serviços do inventário florestal do Estado. Após 29 anos da realização do último inventário florestal, o Estado terá um levantamento detalhado de suas florestas nativas e plantadas amostradas em 550 pontos em todo o Estado, atingindo os 399 municípios paranaenses.

Os estudos serão coordenados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e terão como principal foco as espécies nativas. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento também é parceira do projeto e irá auxiliar com informações sobre os estoques de espécies exóticas plantadas, como pinus e eucalipto.


A validação e o controle de qualidade dos dados coletados serão realizados pela Universidade Federal do Paraná, a análise da paisagem pela Embrapa Florestas e a identificação do material botânico pelo Museu Botânico de Curitiba – todos por meio de parcerias com o Setor Florestal Brasileiro.


O estudo incluirá variáveis biofísicas, que buscam fornecer informações sobre a dinâmica das florestas, assim como informações socioambientais, para subsidiar a interpretação da importância das florestas para a população que vive em seu entorno e questões administrativas.


Estarão presentes no evento as autoridades: diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel, e do diretor de Pesquisa e Informações, Joberto Freitas, secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, o presidente do Instituto de Terras Cartografia e Geociência, Amílcar Cavalcanti, presidente da Emater, Lino de David, diretor da Embrapa Florestas, Helton Damin da Silva, prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, Secretário de Meio Ambiente de Curitiba, Renato Eugênio de Lima, e professor Alexandre França Tetto, representando a Universidade Federal do Paraná. Também comparecerão no evento todos os chefes regionais dos órgãos envolvidos.


Fonte: IAP

terça-feira, 5 de março de 2013

Preço da terra agrícola subiu 227% em dez anos, quase o dobro da inflação



O preço médio de um hectare de terra destinado ao agronegócio mais que triplicou em dez anos no Brasil, superando de longe a inflação


Puxado pelo aumento das cotações da dobradinha soja/milho no mercado internacional, o preço médio de um hectare de terra destinado ao agronegócio mais que triplicou em dez anos no Brasil, superando de longe a inflação. Além disso, em cinco anos, entre 2008 e 2012, a terra se valorizou num ritmo mais acelerado que o dólar, aplicações em renda fixa, ações e até mesmo o ouro, o "queridinho" dos investidores em períodos de crise.
Uma pesquisa sobre o mercado de terras feita pela consultoria Informa Economics/ FNP mostra que, entre o primeiro bimestre de 2003 e o último bimestre de 2012, o preço médio da terra no Brasil aumentou 227%. A cotação média do hectare, que engloba áreas para agricultura, pecuária e reflorestamento, saltou de R$ 2.280 para R$ 7.470. Nesse período, o preço da terra subiu 12,6% ao ano, quase o dobro da inflação média anual, de 6,4%, medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI).
Bimensalmente, os preços das terras são coletados com corretores e engenheiros agrônomos pela consultoria, que integra o maior grupo de informações sobre o agronegócio no mundo. As cotações da terras se referem a preços pedidos ou a negócios fechados no País em 133 regiões classificadas com o mesmo tipo de terra.
A disparada das cotações das terras provocou uma certa paralisia nos negócios de compra e venda nos mercados com áreas mais valiosas do País, como em Cascavel, no Paraná, onde o hectare para grãos atingiu R$ 36 mil em dezembro último, ou em Rio Verde, em Goiás, com a terra para soja cotada a R$ 24 mil por hectare. "Aqui não tem terra para vender", conta o diretor do Sindicato Rural de Rio Verde, José Roberto Brucceli. Ele conta que, por sorte, dois anos atrás, conseguiu comprar cerca de 500 hectares na região. Pagou R$ 12,4 mil pelo hectare. Hoje essa terra vale R$ 20,6 mil. "O preço chegou no teto", afirma.
A paralisia dos mercados se repete nas terras para cana-de-açúcar em Ribeirão Preto (SP), onde o hectare chegou a valer R$ 32 mil em dezembro, com alta de 138% em dez anos, segundo a consultoria. Em Piracicaba (SP), a cotação é ainda mais alta: R$ 41 mil o hectare da terra para cana, com elevação de 305% em dez anos. Esse resultado, segundo o diretor técnico da consultoria e responsável pela pesquisa, José Vicente Ferraz, foi influenciado pela ida da montadora sul-coreana Hyundai e de outras empresas para o município.
Regiões. As regiões do Brasil com as terras que mais se valorizaram nos últimos dez anos foram a Nordeste e a Norte, aponta a pesquisa. No Nordeste, o preço do hectare subiu 13,5% ao ano e atingiu R$ 3.298 em dezembro de 2012; no Norte, a valorização anual foi de 13,3%, com o hectare valendo R$ 2.228 no fim do ano passado.
Segundo Ferraz, a grande valorização das terras do Norte e do Nordeste está sendo puxada pela região do "Mapitoba", que engloba área para plantação de milho, soja e algodão de quatro Estados: Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. A área foi batizada com as sílabas iniciais dos Estados. "No Mapitoba, os preços estão explodindo", ressalta.
É exatamente essa região que tem uma das terras agrícolas mais valorizadas do País. Em Uruçuí, no Piauí, o preço do hectare de alta produtividade subiu 15% ao ano desde 2003, ou um total de 321%. Segundo Ferraz, trata-se de uma região com relevo excepcional para o cultivo de soja e milho. Mas a infraestrutura é um problema. "Se não tivesse problema de infraestrutura, a valorização teria sido ainda maior", diz Ferraz.
Além das boas condições de clima e de topografia, ele pondera que parte da grande valorização das terras do Norte e do Nordeste se deve ao fato de o preço nessas regiões ser ainda relativamente baixo. Isso explica, por exemplo, porque as terras da região Sul - as mais caras, cujo hectare vale, em média, R$ 15 mil - foram as que menos se valorizaram em dez anos no País (um aumento médio de 12,1% ao ano nos preços).
Fonte: Painel Florestal.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Primeira safra de grãos do Paraná deve ser recorde




A colheita da safra de grãos de verão 2012/13 no Paraná entrou em ritmo acelerado e revela lavouras com alta produtividade. A pesquisa mensal do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente ao mês de fevereiro, estima uma safra recorde de 22,53 milhões de toneladas de grãos para esse período, que corresponde ao plantio da primeira safra no Estado.

O último recorde de produção durante a safra de verão foi no ano agrícola 2010/11 quando foram colhidas 22,2 milhões de toneladas. Para este ano, a expectativa do secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, é que a safra total de grãos resulte em uma colheita de 37 milhões de toneladas, considerando o plantio da primeira safra, da segunda safra e da safra de inverno.

Ortigara ressaltou que os produtores paranaenses nunca viveram um momento tão favorável, com colheita de safra cheia, seguida de bons preços na hora da comercialização. Segundo levantamento do Deral, o preço médio da soja pago ao produtor durante o mês de fevereiro foi de R$ 55,63 a saca, superior ao preço pago no mesmo mês do ano passado, quando a soja foi cotada a R$ 43,47 a saca.

Essa valorização também está se repetindo no milho e no feijão. O milho foi comercializado, em média, no mês de fevereiro, por R$ 25,06 a saca, contra R$ 23,07 a saca comercializada em igual período do ano passado. O feijão de cor foi vendido por R$ 172,02 a saca, quase R$ 50,00 acima da cotação durante mesmo período do ano passado, quando foi vendido a R$ 128,74. O preço do feijão preto, no mesmo ritmo, também foi vendido por R$ 122,49, na média de fevereiro desse ano, bem acima da cotação de R$ 86,72, em fevereiro do ano passado.

RENDIMENTO E COLHEITA - A colheita da produção de soja avança em ritmo acelerado no Estado, com 39% da área colhida. Foram plantados 4,4 milhões de hectares e a produção deve render um total de 15,2 milhões de toneladas, volume 41% maior que no ano passado, quando a safra apresentou uma produção de 10,8 milhões de toneladas. O volume de soja colhido está acima da média de 2012, ano em que, no mesmo período, estavam colhidos 30% da produção.

O produtor também elevou o ritmo de comercialização esse ano, com 39% da safra já vendida. Na média dos últimos três anos, cerca de 23% da produção de soja estavam vendidos nesse mesmo período.

A produção de milho da primeira safra deve apresentar um volume de 6,84 milhões de toneladas, volume 4% acima da produção de 2012, que rendeu 6,6 milhões de toneladas.

De acordo com a engenheira agrônoma do Deral, Juliana Tieme Yagushi, a colheita de milho está em ritmo menor, com 19% da área colhidos. No ano passado, nesse mesmo período, cerca de 29% da área estavam colhidos. A técnica explica que em função das chuvas ocorridas no início de fevereiro, o produtor optou por colher primeiro a soja.

Também no milho, o produtor optou por antecipar a venda do grão para aproveitar os bons preços no mercado internacional. Cerca de 17% da safra 12/13 foi vendida, contra 12% vendida antecipadamente na média das últimas três safras.
O feijão da primeira safra está com 95% da área colhida e 64% da produção vendida. Foram plantados 205,2 mil hectares e a produção deve chegar a 314,9 mil toneladas, volume 10% inferior ao mesmo período do ano passado. A primeira safra de feijão foi prejudicada inicialmente por chuvas, seguidas de baixas temperaturas durante o ciclo que afetou o desenvolvimento das plantas.

SEGUNDA SAFRA - A segunda safra de grãos no Estado está sendo plantada, com 51% da área prevista ocupada com o milho. O feijão está com 81% da área prevista plantada. O levantamento do Deral aponta que o milho safrinha deverá ocupar uma área de 2,06 milhões de hectares e a produção poderá alcançar até 11,3 milhões de toneladas, se não for comprometida pelo clima.

O feijão da segunda safra, deverá ocupar uma área de 216.903 hectares e a produção pode atingir 405.169 toneladas, podendo recuperar as perdas ocorridas na primeira safra. 

Fonte: Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab) - 01/03/2013

sexta-feira, 1 de março de 2013

Paraná lança Plano Safra na região dos Campos Gerais




O secretário de infraestrura e logística, José Richa Filho, lança na próxima segunda-feira a Operação Safra do Porto de Paranaguá na região dos Campos Gerais. Iniciado na BR 277 no final de janeiro, o Plano agora começa sua fase de interiorização.

Trata-se de um amplo programa de comunicação que tem por objetivo informar aos diferentes atores que participam do processo de exportação de mercadorias, dos procedimentos operacionais dos portos paranaenses. O objetivo do programa é divulgar a regulamentação do recebimento de cargas pelo porto e, com isso, evitar a formação de filas de caminhões durante o período de safra.
 
Agentes da Guarda Portuária e da Polícia Rodoviária Federal irão abordar motoristas no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Furnas, na BR-376. A partir de terça-feira, os folderes explicativos da campanha, destinados aos caminhoneiros, passam a ser distribuídos no posto de pedágio da Concessionária CCR Rodonorte, em São Luiz do Purunã. Além da distribuição de material nas praças de pedágio do interior, a Appa dá início a uma caravana que irá percorrer os postos de combustível das principais estradas de acesso ao porto, para conversar com os caminhoneiros e distribuir material informativo. Um site específico sobre a Operação Safra, com informações em tempo real sobre o programa, também será lançado no dia 4.
 
Fonte: Diário dos Campos Gerais

Governo adota novas medidas para conter aumento de contágios

  Em razão do significativo aumento no número de pessoas contaminadas pela Covid-19 no Paraná, o Governo do Estado produziu um novo instrume...