segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

SAE quer Cédula de Crédito Florestal para aumentar plantio no Brasil


Fernando Castanheira, gerente de projetos da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável da SAE, defende a necessidade de se criar uma cédula específica para o setor florestal

A Secretaria de Assuntos Estratégicos vem trabalhando continuamente na formulação da Política Nacional de Florestas Plantadas. Um dos destaques desta política é a Cédula de Crédito Florestal (CCF).
Fernando Castanheira, gerente de projetos da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável da SAE, defende a necessidade de se criar uma cédula específica para o setor florestal. Esta cédula seria um título de investimento, um ativo, para aqueles que queiram investir no setor.
A Cédula daria ao investidor segurança para participar de um negócio com excelentes perspectivas de retorno, embora a longo prazo: “Os títulos de crédito representam hoje a forma mais moderna de formalização de financiamentos ao setor produtivo pelas instituições financeiras e investidores privados.
Então, a Cédula seria uma ferramenta para que o setor privado possa fazer negócio a partir de elementos já constituídos dentro da economia nacional”, disse Castanheira.
O gerente de projetos explica que as florestas têm um ciclo diferente da agricultura tradicional, o que justifica a criação de um documento específico para esse tipo de negócio.
Quem adquire uma cédula de agricultura, explica Castanheira, geralmente investe no agronegócio – lavouras de soja, milho, algodão, por exemplo –, que têm características próprias, como um ciclo anual e um plano de safra anual. Assim, devido às características diferenciadas e muito específicas do setor florestal, dificulta-se e até mesmo ofusca-se o investimento em florestas. A Cédula representaria um grande estímulo para investimentos no setor florestal.
Outro ponto importante destacado pelo gerente de projetos é de que a Cédula de Crédito Florestal não seja utilizada somente em nível nacional, mas também em nível internacional, abrindo a possibilidade de que entidades internacionais também possam utilizar este instrumento para investir em florestas no Brasil.
“Queremos incentivar que investidores estrangeiros plantem florestas aqui no Brasil, e esta cédula pode servir como um instrumento ideal, legítimo e com aparo legal”, completou Castanheira.
“Alterar a Cédula de Produto Rural (CPR) para ajustá-la aos negócios florestais não resolveria os entraves do setor, pois acredito que isto descaracterizaria o título e ainda tiraria a sua credibilidade perante o mercado”, defende o consultor contratado pela SAE Roberto Machado, da Bolsa Brasileira de Mercadorias. “E é por isso que entendemos ser necessária a criação de um novo título, a CCF, adequada às peculiaridades do setor florestal”, disse o consultor.
O Brasil é o grande produtor de celulose do mercado mundial e possui potencial para se consolidar como um dos maiores produtores mundiais de produtos florestais, “mas para que isso aconteça é preciso aproveitar de maneira eficaz o seu potencial, eliminando as principais barreiras burocráticas que atrapalham o avanço setorial”, completou Roberto Machado.
Fonte: Painel Florestal.

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