quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta



Modelo de produção consciente e rentável. A integração mostra-se uma boa alternativa para o produtor rural que deseja diversificar sua produção com respeito ao meio ambiente.

Kleber Rodrigo Martins Sampaio*

                Os sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF)  associam componentes arbóreos (geralmente na região sul, Pinus e Eucalipto) com atividades de pecuária de corte ou leite com cultivos agrícolas tais como soja, milho entre outros. A diversificação da propriedade é o maior beneficio ao produtor, incrementando a renda, já que diminuem os riscos baseados somente no cultivo de uma cultura (monocultura). Para o meio ambiente as vantagens são a mitigação do efeito estufa com o alto potencial no sequestro de carbono, o menor uso de fertilizantes, redução da pressão para abertura de novas áreas e intensificação na ciclagem de nutrientes.

            Esta forma de produção é lei (Lei 12.805) que instituiu a Politica Nacional de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, sancionada pela presidente Dilma Rousseff em abril deste ano. A Lei prevê a recuperação de áreas degradadas e a redução dos desmatamentos por meio dos sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta. A política pretende ampliar as linhas de crédito para produtores rurais que adotarem os sistemas (iLPF)  e dar apoio técnico para que possam desenvolver as técnicas de preservação.

            Os sistemas (iLPF) são naturalmente mais complexos que lavouras de grãos, sendo o ciclo dependente principalmente do componente arbóreo. Por isso, é de extrema importância que o sistema seja implantado corretamente, para se evitar problemas de manejo no futuro, que muitas vezes são irreparáveis. Para o bom funcionamento da integração é fundamental a escolha adequada das espécies que irão compor o sistema, a manutenção do plantio direto e controle da carga animal. Portanto, conhecer as principais etapas de implantação, familiarizar-se com as técnicas e conhecer riscos e dificuldades e fundamental para que o produtor faça um bom planejamento do seu sistema.


*Kleber Rodrigo Martins Sampaio é Engenheiro Florestal, Especialista em Gestão Florestal e proprietário da MS- Agroflorestal & Topografia.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Prazo para o ITR começa dia 19


O prazo vale para o Ato Declaratório Ambiental (ADA) também

Começa no dia 19 de agosto o prazo para a entrega da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) de 2013. A apresentação deste documento deve ser feita junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil e é obrigatória para pessoas físicas e jurídicas que sejam proprietárias de imóveis rurais, titulares do domínio, ou possuidoras, a qualquer título, incluindo aquelas que somente usufruem do imóvel. 

As regras para o ITR 2013 estão na Instrução Normativa (IN) 1.380. Quem não fizer a declaração ficará impedido de tirar a Certidão Negativa de Débitos, documento indispensável para registro de compra ou venda de propriedade rural e para a obtenção de financiamento agrícola. A data final para declarar o imposto é 30 de setembro. 

A declaração deve ser feita por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, relativo ao exercício de 2013, que estará disponível no site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br). Áreas de interesse ambiental - O proprietário também deve entregar, até 30 de setembro, o Ato Declaratório Ambiental (ADA), que serve para comprovar a existência de áreas de interesse ambiental em sua propriedade. Estas áreas são classificadas como "não tributáveis" ficando, portanto, isentas do ITR.

São áreas de interesse ambiental: Áreas de Preservação Permanente (APP), Reservas Legais (RLs), Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), Interesse Ecológico, Servidão Ambiental, Cobertas por Floresta Nativa e Alagadas para constituição de reseratório de usinas hidrelétricas. Por meio do ADA, também é possível ter redução da alíquota para as áreas de manejo florestal.  

A FAEP,  durante o mês de julho, capacitou todos os funcionários dos sindicatos rurais que ainda não tinham passado por este treinamento e tornou-os aptos para prestar este serviço para o produtor rural", afirma Kelli Cristine Rodrigues Cardoso, coordena-dora do Departamento Sindical.Para entregar o ADA, o interessado deve preencher um formulário eletrônico do Sistema ADAWeb, que pode ser acessado no  site do IBAMA:  (http://servicos.ibama.gov.br/index.php/relatorios-e-declaracoes/ato-declaratorio-ambiental-ada)

Nele, o proprietário rural informa seus dados, como o CPF ou CNPJ, senha e autenticação a respeito das informações ambien-tais que serão apresentadas ao Ibama. Acesse  a Instrução Normativa com as regras do ITR de 2013, por meio do link: http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=28&data=01/08/2013 

Fonte: Sistema FAEP.

sábado, 3 de agosto de 2013

Barreira de eucalipto corta o vento, reduz o frio e enriquece o solo


Raízes da árvores puxam nutrientes do fundo da terra e as folhas elevam a concentração de matéria orgânica na superfície, conforme os especialistas.

A onda de frio da semana passada afetou áreas de pasto, hortaliças, café, milho, trigo, cevada, aveia e azevém, mas teve consequências menos graves para áreas que adotam integração de culturas. De acordo com técnicos e produtores, o plantio de árvores ao redor das lavouras funcionou como uma espécie de isolante térmico. As florestas também diminuem o efeito dos ventos.
“[As árvores] ajudam a proteger bastante e não deixam [a geada] queimar as plantações”, afirma o produtor de caqui Edgar José Berton, que contabilizou perdas consideráveis em 2006, quando uma geada fora de época atingiu o pomar. Na época, ele ainda não utilizava o sistema de integração. “Desta vez as perdas foram quase zero.”
De acordo com o coordenador estadual de Produção Florestal, Amauri Ferreira Pinto, os ganhos com a diversificação não param por ai. O plantio de pinus e eucalipto, espécies mais comuns, ajuda a manter o solo fértil. “A árvore puxa nutriente das partes mais profundas da terra. Além disso, os galhos e folhas que caem também beneficiam o solo”, aponta.
Outra forma de otimizar o sistema é usá-lo como isolante térmico para animais. “Colocamos a pecuária dentro do reflorestamento. O pastejo dos animais no inverno é entre as árvores, pois o espaçamento de 22 metros permite”, conta Vicente Nogaroli. Ele tem 300 matrizes na propriedade em Palmeira que, após desmama, seguem para a fazenda em Porto Amazonas, para confinamento e futura venda. No verão, a terra pode ser usada no cultivo de grãos.
Fonte: Gazeta do Povo.

Governo adota novas medidas para conter aumento de contágios

  Em razão do significativo aumento no número de pessoas contaminadas pela Covid-19 no Paraná, o Governo do Estado produziu um novo instrume...