sábado, 13 de abril de 2013

Sistema de precisão da agricultura chegará à silvicultura



John Deere investe em tratores robôs para a agricultura e o passo seguinte é levar esta tecnologia para o plantio de florestas


Nos próximos cinco anos, a agricultura de precisão será predominante na John Deere, sendo utilizadas no estudo de viabilidade e direcionamento. A ideia é acoplar aos maquinários mais dispositivos tecnológicos, não se limitando apenas ao GPS. O anúncio foi feito durante o MS Florestal 2013 na tarde de hoje, 10, por Tiago Oliveira, engenheiro agrônomo e gerente divisional da John Deere.
Segundo Tiago Oliveira, os tratores serão verdadeiros robôs, com antenas para corrigir as inclinações do terreno seguindo o centro de gravidade da própria máquina. Hoje, a correção do solo já é feita em tempo real via satélite, usando um GPS pós-processado. Além disso, a empresa desenvolve produtos com sinais de rádio e com o equipamento fixado ao solo. Em caso de queda de sinal, o restabelecimento é feito em no máximo 15 segundos.
Toda esta tecnologia permitirá, ainda, que os tratores tenham um piloto automático. “O sistema avisa qual o caminho a ser seguido. No Brasil, essa tecnologia vai se popularizar em pouco tempo e, como consequência, poderá ser utilizada no setor florestal. As diferenças do sistema tradicional para o piloto automático são brutais”, destacou Tiago Oliveira, que apresentou rapidamente um vídeo de um trator fazendo a subsolagem com piloto automático.
Os equipamentos desenvolvidos funcionam não apenas para os tratores da marca John Deere, e podem ser utilizados com empresas que concorrem no setor. Tiago Oliveira informou que nos próximos anos a estrutura de concessionárias da John Deere será bem maior do que é no Brasil. “Como projetamos um grande crescimento, não esquecemos nem ignoramos o setor florestal”, comentou Tiago Oliveira.
O gerente comercial Auteq – join venture da Jonh Deere -, Rodrigo Vilella, também palestrou no MS Florestal 2013 e explicou como o gerenciamento de frota nesta área evolui. Ele ressaltou que equipamentos desenvolvidos pela empresa possuem sensores que indicam onde estão os problemas, fornecendo informações filtradas para uma tomada mais rápida de decisão. “O que acontece hoje com os tratores é o que houve com a indústria e os problemas podem ser solucionados à distância”, disse Rodrigo Vilella.
Os computadores de bordo nos tratores permitem que o controle saiba – à distância – se estas máquinas realmente estão em operação. As novas máquinas acusam qualquer problema devido aos computadores e indicam o local mais próximo para o procedimento de manutenção. “Muitas empresas estão utilizando este sistema para controlar terceiros. As informações são tão detalhadas que permitem quanto tempo foi trabalhado no trator, calculando o tempo ocioso. Isso ajuda a agilizar estratégias de aumento da produção e os equipamentos ficam, em média, sete anos sem precisar de assistência técnica ”, explicou Vilella.
Fonte: Painel Florestal

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