Terça feira dia 12 de julho foi comemorado o dia do Eng. Florestal. Segue abaixo uma materia da agrolink, que gostaria de compartilhar com todos, em especial aos amigos de profissão.
No dia dedicado a estes profissionais, o setor comemora e destaca sua importância no agronegócio.
Um profissional responsável pelo desenvolvimento ambientalmente sustentável, economicamente viável e socialmente justo, apto a avaliar o potencial biológico dos ecossistemas florestais e, assim, planejar e organizar o seu aproveitamento racional, garantindo sua perpetuação e a manutenção das formas de vida animal e vegetal. Estas são as aptidões do Engenheiro Florestal, que tem um papel de crescente importância técnica e valorização profissional, considerando que o Brasil possui cerca de 30% das florestas tropicais do mundo e plantações florestais de altíssima produtividade.
No Brasil, a Engenharia Florestal vem crescendo cada vez mais. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais (SBEF), Eng Florestal Glauber Pinheiro, em 40 anos, foram criados 28 cursos de graduação, e formados aproximadamente 10 mil Engenheiros Florestais. “Nos últimos 10 anos, criamos mais de 30 cursos, e formamos mais 10 mil profissionais. Hoje contamos com 60 cursos, e 20 mil profissionais graduados”, conta.
Dentro dos dois mil novos profissionais formados a cada ano estão os 50 formandos da primeira turma do Centro de Educação Superior Norte-RS (Cesnors) da UFSM em Frederico Westphalen, que colará grau em agosto. De acordo com o coordenador do curso, professor Doutor Edison Bisognin Cantarelli, os acadêmicos têm um perfil um pouco diferente dos demais centros universitários. Segundo ele, “são oriundos de famílias de agricultores que passaram a maioria pelo nosso colégio Agrícola e estão indo para empresas de silvicultura, licenciamentos ambientais e muitos aprovados em concursos públicos”.
Ao passo que aumenta a procura pela formação acadêmica, crescem também os desafios da profissão. Além do desconhecimento da sociedade sobre a importância das florestas, há também a pouca representatividade política da categoria. Segundo o presidente da SBEF, após 50 anos ainda é comum atividades que deveriam ser desenvolvidas por Engenheiros Florestais sendo executadas por leigos ou profissionais estranhos à Ciência Florestal. “E os desdobramentos desta situação são muito ruins, pois favorece um reducionismo científico e tecnológico perigoso, e desencadeia uma série de conseqüências negativas. (...) Como a atividade florestal depende de longo prazo para apresentar seus resultados, os insucessos acabam caindo na conta de ‘efeitos naturais’ como clima, solo, sol, chuva, etc”, complementa.
Como exemplo da pouca atuação política e dos desafios do setor está o novo texto do Código Florestal, cuja elaboração não teve colaboração da entidade. Segundo Pinheiro, a SBEF procurou inserir os profissionais na discussão e apresentou um requerimento à Câmara, mas não foi convidada oficialmente para participar dos debates. “Foi-nos solicitada uma Nota Técnica, pela Câmara Conciliatória do Código Florestal, um Grupo de Trabalho criado na Câmara dos Deputados. Mesmo com o curtíssimo prazo, entregamos o documento, mas, ao considerarmos o texto aprovado, vemos que nosso trabalho não teve muita serventia”, analisa o presidente. Como conseqüência, “as regras do jogo são definidas por quem não é do ramo, resultando em leis e regulamentos que só cabem no papel, que muitas vezes são inviáveis ou inexeqüíveis”, completa.
Com seus desafios e suas vitórias, comemora-se no dia 12 de julho o Dia do Engenheiro Florestal, profissão que, segundo o professor Cantarelli, é apaixonante. Aos engenheiros e acadêmicos, ele espera que todos comemorem a data e que “cada um trabalhe no dia-a-dia para fortalecer cada vez mais a nossa profissão. (...) Sempre digo aos meus alunos: vocês escolheram o melhor curso do mundo.”
O presidente Glauber Pinheiro diz que “seria redundância enaltecer aos colegas o orgulho que temos da Engenharia Florestal Brasileira. Portanto, além de cumprimentar a todos os colegas pela passagem da Data Magna, quero apenas convocar a todos para que contribuam no fortalecimento de nossa profissão. Precisamos crescer politicamente para que sejamos ouvidos e, desta maneira, que possamos ampliar a nossa contribuição com a sociedade, o ambiente, e o desenvolvimento sustentável de nosso país”.
Fonte: http://agrolink.com.br/noticias/engenheiro-florestal-e-os-desafios-de-id--233-ias-sustent--225-veis_132846.html
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