segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Certificação garante origem da madeira



Selo ou documento de procedência florestal atesta a procedência do material atestando a legalidade e o cumprimento da legislação em todo o processo produtivo


A certificação é a principal garantia do comprador de que o a madeira adquirida para uso em reformas ou na construção possui origem legal e atende critérios ecológicos, sociais e econômicos. O processo garante a legalidade na forma da extração, como também o cumprimento dos direitos de quem trabalha no setor além dos cuidados com as comunidades próximas às florestas.
De acordo com a ONG manejo florestal responsável, Forest Stewardshio Council (FSC), a certificação somente é concedida às empresas que respeitam a legislação municipal, estadual, nacional e internacional, pagam todos os impostos referentes à atividade, não usam mão de obra escrava ou infantil, entre outros aspectos. Depois de concedida a certificação, a empresa é auditada anualmente para verificar se todos os critérios continuam sendo atendidos e, no fim de cinco anos, recebe nova avaliação.
Segundo a coordenadora de planejamento florestal da incorporadora de áreas de reflorestamento Remasa, Maite Ribeiro, o processo visa a melhoria e fiscalização contínua. A empresa recebeu em 2011 a certificação para a floresta plantada de pinus.
“É uma exigência e uma garantia de competição. O mercado está exigindo tanto para importação quanto para exportação. Muitas empresas já têm e quem não tem, está buscando”, afirma.
Selo
O diretor-executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Carlos Mendes lembra que nem toda madeira que está no mercado é de floresta certificada, mas pode ser de floresta plantada. “Por isso é importante a certificação”, explica. De acordo com o engenheiro agrônomo da empresa de consultoria ambiental Eccoambiental Rubens Secco, o mercado brasileiro ainda está no início da exigência da certificação, mas a tendência é que a procura por materiais certificados aumente. “Ainda não há uma procura efetiva apenas por material certificado. Na Europa, a demanda é diferente. Lá somente se compra se conhecer a origem”, aponta.
A principal sugestão para os compradores é que exijam, antes de fechar o negócio, o Documento de Origem Florestal (DOF), para madeiras nativas, e o número da certificação presente na nota fiscal.
“O consumidor normalmente não pede o DOF, mas pode ser pedido. Quando falamos em procedência de material vegetal, a certificação já supre a necessidade”. Secco diz ainda que os materiais resultantes da madeira certificada, como papel, papelão, trazem nas etiquetas o selo da certificação, provando que toda a cadeia antes daquele produto é certificada. “Neste selo aparece também o número da certificação que pode ser consultado no site da organização certificadora para confirmar a validade.”
Na madeira, como não há o selo colado nas placas, tábuas, o comprador deve buscar a comprovação através da nota fiscal. Lá consta o número para verificação.
Classificação indicará resistência do material
O objetivo do mercado da madeira para a construção civil é o de criar um padrão de classificação baseado na resistência do produto. Esse sistema visa atender a finalidade de uso do material no mercado da construção civil.
Desta forma, os materiais usados na parte estrutural na construção civil serão separados de acordo com a resistência e serão empregados de forma adequada no canteiro de obras.
A madeira já tem uma classificação baseada em normas técnicas que a divide em classes de resistência. O cálculo é feito com base na compressão e na capacidade de resistêcia para fins estruturais.
“No Brasil ainda não é utilizada essa norma. Com ela, o engenheiro vai fazer o cálculo e explicar que, para aquele empreendimento, vai precisar de uma madeira com resistência da classe 30, independente de qual madeira for”, explica o engenheiro civil e da Szücs Engenharia-Arquitetura, Carlos Szücs,
Além da classificação de resistência, a madeira precisa atender exigências visuais e, portanto, é muito importante o diálogo entre todos os segmentos do processo. “Neste ponto é importante o trabalho em conjunto com o pessoal da área florestal. Para que a madeira não tenha grandes nós, grandes defeitos, é preciso ter um manejo florestal correto”, aponta o engenheiro.
Fonte: Gazeta do Povo.

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