quinta-feira, 30 de junho de 2011

Construtoras terão que arborizar conjuntos habitacionais


Tramita na Câmara Federal o Projeto de Lei 1379/11, do deputado Romero Rodrigues (PSDB-PB), que obriga empresas construtoras de conjuntos habitacionais financiados pelo poder público a arborizar os passeios públicos do local.

De acordo com a proposta, o financiamento público somente poderá ser liberado com apresentação do plano de plantio de árvores.

Rodrigues argumenta que as plantas desempenham papel fundamental na qualidade de vida nas cidades. Ele cita como exemplos das funções desempenhadas pelas árvores aspectos como redução da insolação, bombeamento de água para a atmosfera e diminuição de ruídos.

Apesar disso, ele diz que os conjuntos habitacionais mais populares “carecem de arborização minimamente adequada”.

O projeto terá análise conclusiva das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Desenvolvimento Urbano; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: http://www.observatorioeco.com.br/construtoras-terao-que-arborizar-conjuntos-habitacionais/


quarta-feira, 22 de junho de 2011

Floresta, para que floresta?


Vale a pena a leitura do texto abaixo, descreve o que a maioria do povo das grandes cidades entende sobre o Meio Ambiente e discorre sobre o Histórico da legislação Florestal.

Um repórter anda pelas ruas de São Paulo com microfone em punho. Para um transeunte qualquer, um moço apressado, de gravata e com o notebook nas costas, e lança a pergunta: “Você sabe em que bioma você vive?” A resposta tem uma lógica cristalina: “Na cidade”. Como ele, milhões de pessoas que vivem em São Paulo não sabem que a região onde a cidade fincou suas raízes é, na verdade, um pedaço do bioma da Mata Atlântica.

Da grande floresta encontrada pelos descobridores em 1500, e que cobria 15% do território brasileiro, com mais de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, restaram apenas 102 mil quilômetros quadrados, ou cerca de 7% da área original. Assim como a Mata Atlântica foi quase toda arrancada da paisagem, outros biomas brasileiros também estão em risco pelo avanço da ocupação humana. É por isso que o país precisa de um Código Florestal, um conjunto de leis que garanta a preservação de áreas florestais e de biomas importantes para garantir a qualidade ambiental não apenas nas áreas rurais, mas também nas cidades, que de tão cinzentas e poluídas já dão a impressão de ser um corpo estranho, deslocado da natureza.

Quando os portugueses chegaram ao Brasil, no Século 16, seu principal interesse foi explorar uma árvore especial, de cujo caule sai uma seiva de cor rubra e que era usada para tingir a roupagem dos cardeais.

Histórico das Leis

1245 277x300 Floresta, para que floresta?O pau-brasil foi o primeiro eixo de exploração econômica das florestas. Durante três séculos ele foi superexplorado e quase chegou à extinção nas matas costeiras. Este cenário levou à criação da primeira legislação para coibir o uso abusivo dos recursos florestais. Em 30 de janeiro de 1802, foi baixado o Alvará de Regimento das Minas e Estabelecimentos Metálicos, o qual exigia ordem escrita da Administração das Matas e Bosques para a venda de madeiras e lenhas por particulares, ou para se fazer queimadas. Em 1825, uma nova lei passou a exigir licenças para o corte do pau-brasil, de perobas e de tapinhoãs, dando ênfase a madeiras utilizadas na construção. E, de 1843 a 1858, foram criadas leis relacionando as espécies florestais que não poderiam ser exploradas sem consentimento do Estado, neste caso a Coroa Brasileira. Nasce, então, o termo “madeira de lei” para as espécies florestais mais nobres do Brasil.

Uma tentativa de consolidar as leis, normas e costumes relacionados às florestas foi feita em 1934, ainda durante o Estado Novo, quando foi aprovado o Decreto n.º 23.793, já conhecido como Código Florestal, que a história conta que não deu muito certo e entrou para os rol das “leis que não pegaram” no Brasil. Em 1965, já na vigência de uma nova ditadura no país, foi montado um Novo Código Florestal, que explicitava o valor intrínseco das florestas e vegetações nativas, não importando seu valor comercial. Durante mais de quatro décadas essas foram as leis que definiram a relação entre o setor produtivo do agronegócio e as fronteiras florestais.

Este Novo Código foi além de tratar de espécies florestais: definiu o território da Amazônia Legal: “…Estados do Acre, Pará, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e regiões ao Norte do paralelo 13º S, dos Estados do Tocantins e de Goiás, e ao Oeste do meridiano de 44º W, do Estado do Maranhão”. Esta foi, também, a legislação que, a partir da década de 1980, passou por importantes ajustes. De 1981, é a legislação que regulamentou as Áreas de Preservação Ambiental (APA), classificadas para o uso direto dos recursos naturais, assim como as florestas nacionais, reservas extrativistas e as reservas de fauna, onde são permitidas a ocupação e exploração dos recursos naturais. Em 1989, foi finalmente qualificada a legislação sobre Área de Preservação Permanente (APP) – áreas de topo de morro e encostas com mais de 45 graus de inclinação, assim como as áreas de matas ciliares de rios, nascentes, lagos e outros cursos d’água – já presente no Código de 1965, mas que ainda carecia de regulamentação. E, a partir de 1998, foi regulamentada a Reserva Legal, que estabelece uma área em cada propriedade rural que deve ser preservada e seu desmatamento é considerado crime. Juntamente com o capítulo de Meio Ambiente da Constituição de 1988, essas leis se tornaram as principais garantias de preservação de biodiversidade florestal no país.

Mudar, para que mudar?

As alterações ocorridas na legislação florestal nas últimas décadas são o principal alvo das críticas feitas pelos representantes do agronegócio em relação ao Código. Praticamente sempre existiram tensões entre ruralistas e ambientalistas a favor ou contra mudanças. No entanto, esse debate se acirrou a partir de 2009, quando a Câmara Federal passou a trabalhar sobre o assunto e indicou o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) para ser relator da Comissão Especial sobre o tema. Nacionalista, Rebelo alegou em seu relatório, entregue aos deputados em junho de 2010, que há “pressões de entidades ambientalistas estrangeiras para impedir o desenvolvimento do Brasil em contraposição à expansão da agricultura e da infraestrutura do país”.

Rebelo alertou para a necessidade de ponderar sobre os interesses envolvidos na manutenção da atual legislação, que segundo seu relatório, “preserva mais os interesses econômicos de estrangeiros do que do Brasil”, e cita o exemplo da proibição da exportação de produtos florestais e ambientais, que segundo ele poderiam gerar riquezas ao país, mas que estão sendo embargados para a geração de renda no exterior por sua substituição por insumos estrangeiros. Já boa parte dos ambientalistas brasileiros critica a voracidade com que empresários do agronegócio avançam sobre as florestas para a implantação de pecuária e lavoura. “Hoje são 200 milhões de bois no Brasil e 40% disso está na Amazônia. Em 20 anos, 75% de um rebanho estimado em 300 milhões estará naquela região”, diz João Meirelles, pesquisador do Instituto Peabiru e especialista em desenvolvimento da Amazônia.

A proposta defendida por Rebelo prevê a flexibilização das regras de preservação a partir de análises de cada propriedade e do tipo de ocupação consolidada. Essas análises deveriam contemplar a viabilidade econômica, ou não, para a recomposição das áreas de reservas obrigatórias, dando espaço para o não cumprimento da atual legislação. Para as Áreas de Preservação Permanente, Rebelo sugere que as restrições de uso sejam mantidas de acordo com o regime atual, salvo aquelas de atividade consolidada, que serão alteradas após o Zoneamento Ecológico-Econômico promovido na esfera de cada Estado, obedecidas as exigências de estudos técnicos específicos.

Conflito de interesses

Um dos grandes embates foi a definição dos limites para a preservação de matas ciliares às margens de rios, lagos e outros cursos d’água. Inicialmente propunha-se a redução de 30 metros de largura para essas matas, para dez metros ou menos. No final, esta metragem foi ampliada na proposta de Novo Código Florestal, oscilando, dependendo da largura dos rios, de 15 a 30 metros. “A alteração pretende reduzir o prejuízo aos pequenos proprietários em cujos lotes há presença de cursos d’água de pequena largura”, argumenta Aldo Rebelo.

A disputa por um novo Código Florestal tem nas organizações da sociedade civil alguns bastiões contra a flexibilização excessiva das regras. Do lado dos ruralistas, a senadora Katia Abreu (DEM-TO) tornou-se a voz em defesa da expansão do agronegócio. Para ela, o Brasil não pode limitar sua produção agrícola sob pena de não conseguir oferecer alimentos na quantidade necessária à sua população. Argumento considerado falso por outros especialistas. O economista polonês Ignacy Sachs, que estuda o desenvolvimento da América Latina, diz que o Brasil pode ser uma “potência da bioeconomia” sem desmatar mais. Ele defende um zoneamento econômico-ecológico de forma a destinar produtivamente os milhares de hectares já desmatados e hoje abandonados. “O Brasil é um dos países mais propícios à produção de biomassas. Isto tem de ser aproveitado como uma vantagem competitiva e não como desculpa para a destruição da biodiversidade que possibilita esse potencial”, diz Sachs.

Ainda em agosto de 2010, antes, portanto, das eleições, durante o lançamento do Movimento Empresarial pela Proteção e Uso Sustentável da Biodiversidade, em São Paulo, a ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, disse que pretendia elaborar uma nova proposta de alteração do Código Florestal. A ministra acredita que há radicalizações dos dois lados, tanto dos ruralistas como dos ambientalistas, e que é preciso buscar um meio termo, conciliar os interesses da sociedade e, também, viabilizar as metas defendidas pelo Brasil nas conferências de Copenhague (Dinamarca), onde ficaram estabelecidos os limites de emissão de gases estufa, e de Nagoya (Japão), onde foram acordados compromissos em relação à preservação da biodiversidade.

No momento em que o Brasil ganha uma nova legislação florestal, o importante é que as disputas se encerrem com compromissos claros por parte de ruralistas, governo e ambientalistas de que o Novo Código Florestal seja cumprido.

* Dal Marcondes é jornalista, diretor da Envolverde, passou por diversas redações da grande mídia paulista, comoAgência Estado, Gazeta Mercantil, revistas Isto É e Exame. Desde 1998, dedica-se à cobertura de temas relacionados ao meio ambiente, educação, desenvolvimento sustentável e responsabilidade socioambiental empresarial. Recebeu por duas vezes o Prêmio Ethos de Jornalismo e é reconhecido como Jornalista Amigo da Infância pela agência Andi.

** Publicado originalmente na coluna do autor, no site da revista Carta Capital.

Fonte:
http://envolverde.com.br/ambiente/codigo-florestal/floresta-para-que-floresta/


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Eleição presidencial pode acelerar desmatamento no Brasil, diz estudo

A reestruturação do governo federal devido à sucessão presidencial no Brasil historicamente impacta no aumento da devastação da Amazônia Legal, aponta um estudo realizado pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, com participação de cientistas das universidades de Wageningen (Holanda) e Oslo (Noruega).

O artigo científico afirma que o reaparelhamento da máquina pública pode proporcionar uma desaceleração no combate aos crimes ambientais na região denominada Amazônia Legal.

Foram analisados dados gerais de desmatamento ocorridos na região amazônica como um todo e no estado de Mato Grosso entre 1990 e 2007. As informações foram retiradas do Prodes, sistema pelo qual o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) avalia a derrubada anual da floresta. De acordo com o estudo, Mato Grosso foi escolhido devido ao crescimento na produção agrícola e nos conflitos relacionados ao uso da terra durante o período.

Segundo o levantamento, os anos que mais registraram recorde no desmatamento foram 1995, 2003 e 2004. Em 1995, tomou posse o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em 2003, foi a vez do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Devido à mudança de plataforma política e adaptação ao perfil de gestão (PSDB para PT), 2004 também teria sentido os efeitos no aumento no desmate.

”Em todos os cargos e níveis acontecem as mudanças de pessoal. Isso ocasiona uma fragilidade nos órgãos do governo. No primeiro ano de um novo presidente, as forças de trabalho não funcionam de maneira efetiva devido ao período de adaptação”, afirmou Saulo Rodrigues Filho, vice-diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da UNB e um dos coordenadores da pesquisa.

“Isso poderia ser evitado se não fosse a estrutura em que o governo brasileiro é baseada. Não é por culpa de partido X, Y ou Z. No Brasil, a meritocracia não é levada em conta na estrutura política, que dá preferência ao clientelismo”, disse o pesquisador, que criticou a alta quantidade de cargos comissionados existentes no governo.

De acordo com o estudo existem atualmente ao menos 20 mil cargos comissionados no governo, mantidos sob lei federal. O Ministério do Meio Ambiente informou que são 250 cargos ocupados por indicação, o que incluiria o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

“Isto pode ter acontecido também em 2010. Eis o problema da transição política, porque entra gente nova que não sabe de nada e quem é esperto, se aproveita”, afirmou Rodrigues Filho que citou a aceleração do desmatamento entre agosto e abril de 2009/2010 e 2010 /2011 e que pode estar ligada à troca de presidente, no caso a eleição de Dilma Rousseff (PT).

O Inpe apontou um aumento de 27% no desmatamento entre os períodos (1.457 km² entre 2009/2010 e 1.848 km² entre 2010/2011).

Fonte:
http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2011/06/14/71138-eleicao-presidencial-pode-acelerar-desmatamento-no-brasil-diz-estudo.html


sexta-feira, 17 de junho de 2011

MANIFESTO DA SBEF (SOCIEDADE BRASILEIRA DOS ENGENHEIROS FLORESTAIS)

Abaixo o manifesto da SBEF (SOCIEDADE BRASILEIRA DOS ENGENHEIROS FLORESTAIS).

Colegas da classe e estudantes de Eng. Florestal, vamos apoiar e divulgar.

Senhores Profissionais,

A Lei Nº 4.643, de 31 de maio de 1965, publicada no DOU em 3 de junho de 1965, em seu Art 1º estabelece que “A especialização de engenheiro florestal fica incluída na enumeração do art. 16 do Decreto-lei nº 8.620, de 10 de janeiro de 1946”.

Desta forma, a Engenharia Florestal é por força de Lei uma modalidade da ENGENHARIA, já que a Lei Nº 4.643 a inclui ao Art. 16 do Decreto-lei nº 8.620, de 10 de janeiro de 1946, que dispõe sobre a regulamentação do exercício das profissões de Engenheiro, de Arquiteto e de Agrimensor.

Há de destacar-se que a Engenharia Florestal integra o Sistema CONFEA/CREA desde 1965, portanto antes da Lei 5.194/66 que inclui os engenheiros agrônomos e, portanto, antes da criação do Grupo da Agronomia no Sistema. Ou seja, integra o Sistema desde quando apenas existiam os grupos da Engenharia, Arquitetura e Agrimensura, onde só poderia pertencer ao da ENGENHARIA.

Entretanto, o Sistema tem mantido os Engenheiros Florestais no Grupo da Agronomia, ao arrepio da Lei 4.643/65, e prejudicando à categoria profissional por 42 anos.

A Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais – SBEF, legítima representação nacional da categoria, congregando 34 entidades de classe regionais, vem reivindicando junto ao Confea a correção desta situação.

- Em 2 de janeiro de 2007 foi expedido o Requerimento Nº. 01/07 da SBEF sobre o tema, mas que ainda tramita no Conselho;

- No decorrer do mesmo ano, em reunião com o Grupo da Agronomia para tratar do pacto profissional, na condição de única representante da categoria dos Engenheiros Florestais a SBEF expôs claramente o problema e os prejuízos para a classe. Na oportunidade, na presença do Presidente do Confea, o Grupo amplamente representado teve a oportunidade de manifestar-se sobre as argumentações da SBEF, onde nenhum dos presentes apresentou qualquer objeção ao pleito, estando presentes o representante da Meteorologia (SBMET), da Engenharia Agrícola (Presidente da SBEA), e representantes da Agronomia (Presidente da CONFAEAB, Presidente da ABEAS, os Engenheiros Agrônomos Presidentes do Crea-RS e do Crea-SC, Conselheiros Federais, e o Chefe de Gabinete da Presidência do Confea);

- Nesta ocasião, o Presidente da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (CONFAEAB), Eng.º Agrônomo Antônio Angelim, foi veemente ao afirmar reconhecer a justiça de nosso pleito e o posicionamento da CONFAEAB favorável ao mesmo. Palavras que tiveram a corroboração do Conselheiro Federal Eng.º Agrônomo Ricardo Veiga, e a concordância dos demais presentes.

Pelo exposto, não compreendemos o motivo para que a esdrúxula situação ainda não tenha sido resolvida, tendo em vista que:

1 – a Lei Federal 4.643/65 é clara em classificar-nos no Grupo da Engenharia;

2 – os Engenheiros Florestais, contribuintes do Sistema já demonstraram o seu imenso descontentamento e repulsa à situação que lhes é imposta;

3 – há a concordância entre as entidades representativas e lideranças do Grupo da Agronomia;

4 – não existe qualquer posicionamento contrário ao pleito.

Sendo os fatos, solicitamos aos profissionais para que assinem abaixo esta petição, em apoio ao pleito dos Engenheiros Florestais, para que o Confea cumpra a Lei Federal 4.643/65, relacionando então a Engenharia Florestal no Grupo da ENGENHARIA.

Eng.º Florestal Glauber Pinheiro
Presidente da SBEF

OBS.:Quando o campo “Profissão” for preenchido com “estudante”, no campo “Registro” deverá ser preenchido com a sigla da instituição de ensino e o período atual. Exemplo: UFRRJ / 6º período.

terça-feira, 14 de junho de 2011

A prorrogação dos prazos da Reserva Legal e do Termo de Compromisso do IAP

Da mesma forma que a presidenta Dilma Roussef prorrogou o prazo para averbação da Reserva Legal de imóveis rurais (veja postagem anterior) até dia 11 de dezembro, o mesmo ocorreu com o Termo de Ajustamento de Conduta.
Neste caso, o desembargador Lauro Fabrício de Mello, Corregedor da Justiça, em maio, suspendeu a necessidade apresentar nos Cartório de Registro de Imóveis o Termo de Compromisso de Averbação Legal. O prazo, porém dessa suspensão também era 11 de junho. Diante da decisão da presidente da República, também o Corregedor Fabrício de Mello prorrogou sua decisão sobre o Termo de Compromisso até 11 de dezembro.Todos os Cartórios de Registro de Imóveis já foram notificados sobre essa decisão. Assim, o produtor que desejar a subdivisão, desmembramento, unificação ou fusão de sua propriedade rural também está isento de apresentação do compromisso expedido pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para fins de matrícula do imóvel.



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Presidenta Dilma prorroga por mais 180 dias regularização ambiental


Os proprietários rurais ganharam ontem mais seis meses para fazer a averbação (registro na escritura dos imóveis) das áreas de reserva legal e de preservação permanente (APPs) em suas propriedades.


Enquanto o Senado estica por mais quatro meses a apreciação do polêmico novo Código Florestal, já aprovado na Câmara dos Deputados, os proprietários rurais ganharam ontem mais seis meses para fazer a averbação (registro na escritura dos imóveis) das áreas de reserva legal e de preservação permanente (APPs) em suas propriedades. Também até 10 de dezembro deste ano fica suspensa a cobrança de multas aplicadas com base na legislação ambiental em vigor.

Essas medidas foram anunciadas ontem pela presidente Dilma Rousseff, ao assinar o novo decreto de prorrogação dessas exigências previstas no Decreto 7.029/2009, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já havia sido prorrogado duas vezes. O prazo em vigor venceria amanhã, 11 de junho.

Com a medida, o governo pretende criar ambiente para negociar mudanças no Senado na proposta do novo Código Florestal, com alterações em relação ao texto aprovado na Câmara.

Ou seja, em vez de comemorar a vitória pela nova prorrogação, os parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária no Congresso Nacional, mais conhecida como Bancada Ruralista, acusaram o governo de tentar usar o decreto como forma de pressão para retardar a votação do Código Florestal no Congresso.

Com isso, a bancada ruralista ameaça derrubar mudanças que vierem a ser feitas no Senado, especialmente à Emenda 164, que transfere da União para os estados a competência de legislar sobre o tamanho das APPs e os cultivos permitidos nessas áreas, assim como a anistia aos desmatadores até 2008, quanto entrou em vigor a Lei de Crimes Ambientais.

"Vamos derrubar se o Senado aprovar a retirada da emenda 164", afirmou ao DCI deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. Prometeu também derrubar o veto da presidente Dilma à matéria.

Na avaliação de Colatto, se o governo não respeitar o texto aprovado no Senado, "vai quebrar o País" por não reconhecer as áreas consolidadas com plantios em encostas, topos de morro e margens de rio, que são consideradas APPs.

Para o governo, o texto da Câmara causou prejuízos significativos ao meio ambiente e aos compromissos assumidos internacionalmente pelo Brasil para reduzir a emissão de gases que provocam efeito estufa.

Impactos

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado anteontem, afirmou que a alteração do Código Florestal terá impactos significativos "sobre a área com vegetação natural existente nos biomas brasileiros e sobre os compromissos assumidos pelo brasil para a redução de emissões de carbono".

Por isso, diz a publicação, é importante buscar alternativas para conseguir aplicar efetivamente as leis ambientais e assim ser possível "conciliar o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental". "É melhor emitir mais gases de efeito estufa do que deixar a mesa dos brasileiros sem comida", reclamou Colatto.

Em nota oficial, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República justificou que "a definição da nova data atende a uma solicitação dos líderes partidários no Senado Federal, onde está em análise o projeto do Novo Código Florestal".

Um pouco antes, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), havia anunciado do a decisão de Dilma.

De acordo com sua avaliação, o prazo é "razoável" para a discussão no Senado e o provável retorno da matéria à Câmara, pois senadores devem propor emendas ao novo Código.

Outra líder da bancada ruralista, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), estimou que a votação do Código no Senado deverá ser concluída em agosto. No entanto, os dois relatores da matéria em três comissões buscam entendimentos para apresentar ao plenário um parecer consensual.

"Aos estados a Constituição reserva o detalhamento da legislação ambiental, enquanto a União define os princípios gerais", afirmou o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), relator nas Comissões de Constituição e Justiça e Agricultura. Como governador de Santa Catarina, ele criou um código ambiental estadual que segue a emenda 164.

"Há situações em que o novo Código Florestal pode prejudicar o próprio agronegócio no cenário internacional se for relacionado a ataques ao meio ambiente", argumentou o senador Jorge Viana (PT-AC), relator da matéria na Comissão do Meio Ambiente. Ele é ligado à ex ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Como governador do Acre, fez uma série de ações em defesa das florestas.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A Floresta não é o problema, mas sim a solução

O que diverge atualmente em Brasília e o Novo Código Florestal e suas novas regras.

Dois pontos bastante contraditórios na câmara federal e irá continuar sendo polêmico no senado:

1º Anistia há quem desmatou - Acho inaceitável perdoar dividas de quem desmatou sabendo que seria multado e agora perdoar essas dividas como se nada tivesse acontecido. E quem preservou, esses sim serão prejudicados, pois poderiam ter realizado o desmatamento, mas acreditando no governo e na legislação atual não o fez. O novo código deve se fortalecer, mais sem anistia, assim todos serão beneficiados, menos quem desmatou que deve realmente ser punido.

2º A isenção de Reserva Legal para propriedades até 4 módulos fiscais - Complicado esse ponto, mas acho muito 4 módulos fiscais, acho que 2 módulos seria um valor aceitável. Por exemplo: Na região norte propriedades com 2oo ha ou dois módulos fiscais estariam livre da Reserva Legal, um numero bom, considerando que muitas fazendas na região sul possuem essa dimensão.
Iria beneficiar muitos produtores, sem expandir para grandes fazendeiros que iriam se aproveitar e muito desse item.

Além disso, pequeno produtor com até 50 ha também serão beneficiados, mas de outra maneira, serão tratados de forma diferente na lei.

Perdoar multas é inaceitável, a questão dos módulos flexível e o pequeno produtor deve ter vantagem sim.

Abraços.

terça-feira, 7 de junho de 2011

SILVICULTURA: Pequenos agricultores aprendem que dinheiro também dá em mudas

Está ai a prova que as boas idéias tem futuro.
Ótimo projeto, poderia ser "copiado" pelas prefeituras ou associações da região.
Já que não se tem capacidade de elaborar bons projetos que tenham a simplicidade de copiar e aprimorar idéias.

A Usina Jirau incentiva e acompanha produtores rurais a plantar mudas frutíferas e florestais como alternativa de renda.

Se quem planta, colhe, quem colhe e planta ganha mais ainda. Os produtores rurais de Nova Mutum Paraná e região sabem bem disso e mostram que produzir mudas florestais e frutíferas nativas em seus quintais pode ser uma alternativa para garantir uma renda a mais no fim do mês. Para incentivar a produção de mudas, a Energia Sustentável do Brasil (ESBR) solicitou aos agricultores familiares 120 mil mudas, a serem entregues até novembro deste ano.

A ideia nasceu no Programa de Educação Ambiental (PEA) da UHE Jirau, que através do Observatório Ambiental, capacitou os pequenos agricultores para coleta de sementes e produção de mudas. Os trabalhos são acompanhados mensalmente pela equipe técnica do PEA.
Na última semana durante visita técnica aos 30 produtores que participam do projeto, e membros da Cooperativa dos Produtores Rurais do Observatório Ambiental Jirau (COOPROJIRAU), comprovou-se o avanço. Produtores com mais de quatro mil mudas cultivadas, outros com mais de cinco mil sementes para plantar; viveiros bastante aprimorados, alguns já comercializando as plantas e muita animação dos agricultores com os trabalhos.

Para alcançar a meta das 120 mil mudas, cada agricultor ficou responsável por entregar três mil mudas e o ‘Viveiro da Unidade Demonstrativa de Aprendizado em Manejo Ambiental - UDAMA,’ localizada em Nova Mutum Paraná, entregará 30 mil mudas. Segundo o técnico responsável pelo projeto, Itajacy Kishi, os agricultores conseguirão atingir a meta facilmente. “O dever de casa está sendo feito.
A maioria não está encontrando dificuldade com a produção de mudas. Mantendo o padrão e a qualidade das plantas, muitos vão entregar as mudas antes do prazo”, disse.

Ele explica ainda que as visitas são para apoiar a produção de mudas. “Nossas visitas são para fazer o acompanhamento técnico da produção e deixar as devidas recomendações de manejo para garantia do padrão de qualidade das mudas. O momento também é para tirar alguma dúvida sobre as mudas e trazer ainda informações sobre como anda o projeto”, conta.

Por conta própria
Empolgado com a ideia de “não ser mandado por ninguém”, Francisco Claudiano Melo, 48 anos, morador do ramal Jirau, aposta nas mudas para garantir o sustento da família. Além das mudas frutíferas e florestais, o pequeno agricultor planta hortaliças. O viveiro “é uma coisa que sempre quis fazer. Na capacitação (realizada no Observatório Ambiental Jirau) aprendi várias técnicas de como coletar sementes, montar um viveiro adequado e comercializar as mudas. Foi muito produtivo, inclusive para plantar verduras. Agora estou na expectativa de vender para projetos de manejo florestal, áreas de reflorestamento e a quem precisar”. Claudiano já conta com mais de mil mudas. “Elas estão todas grandinhas, prontas para serem plantadas”, completa.

A Feira de frutas
Já o agricultor do ramal do Brito, Gonçalo Batista, 60 anos, contabiliza quatro mil mudas de essências florestais e frutíferas espalhadas em vários cantos do seu terreno. “Encontrei no mato de tudo e trouxe para casa. Tenho Seringueira, Ingá do mato e outros. De fruta, eu tenho muito Cupuaçu”, diz. Ele já pensa em aumentar a produção, agora com o viveiro que começou a fazer. “Quero plantar mais, para isso já preparei uma parte do meu terreno que será somente para produção de mudas, com o viveiro que aprendi a fazer na capacitação”, relata.

Manejos florestais
Mais um pouco distante, ainda no ramal do Brito, Josias Matos, 53 anos, prepara a terra para iniciar a sua plantação de mudas. Ainda pelos cantos da sua casa, cerca de 500 mudas estão plantadas, mas o produtor almeja mais. “Catei mais de seis mil sementes nas redondezas da minha chácara e quero fazer o meu viveiro com mudas para vender aos proprietários de planos de manejo, além de vender frutas também”, fala.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Decreto 7.029 será prorrogado?

O decreto 7.029 que prorrogou o prazo de Averbação da Reserva Legal, termina no próximo dia 11 de junho. Deixando assim mais de 80% da agricultura brasileira na ilegalidade.
Porém os líderes do governo no Senado já deixaram claro que solicitaram a presidente Dilma a prorrogação do decreto por no mínimo 6 meses, para que o senado tenha tempo hábil de analisar e votar o novo código florestal.

Agora resta esperar o bom censo por parte do poder executivo, para que os produtores brasileiros não fiquem na ilegalidade. E que após a votação do novo código florestal, todos saibam que lei devem seguir e ai sim seja aplicada as punições a quem descumprir.

Governo adota novas medidas para conter aumento de contágios

  Em razão do significativo aumento no número de pessoas contaminadas pela Covid-19 no Paraná, o Governo do Estado produziu um novo instrume...