Está ai a prova que as boas idéias tem futuro.
Ótimo projeto, poderia ser "copiado" pelas prefeituras ou associações da região.
Já que não se tem capacidade de elaborar bons projetos que tenham a simplicidade de copiar e aprimorar idéias.
Se quem planta, colhe, quem colhe e planta ganha mais ainda. Os produtores rurais de Nova Mutum Paraná e região sabem bem disso e mostram que produzir mudas florestais e frutíferas nativas em seus quintais pode ser uma alternativa para garantir uma renda a mais no fim do mês. Para incentivar a produção de mudas, a Energia Sustentável do Brasil (ESBR) solicitou aos agricultores familiares 120 mil mudas, a serem entregues até novembro deste ano.
A ideia nasceu no Programa de Educação Ambiental (PEA) da UHE Jirau, que através do Observatório Ambiental, capacitou os pequenos agricultores para coleta de sementes e produção de mudas. Os trabalhos são acompanhados mensalmente pela equipe técnica do PEA.
Na última semana durante visita técnica aos 30 produtores que participam do projeto, e membros da Cooperativa dos Produtores Rurais do Observatório Ambiental Jirau (COOPROJIRAU), comprovou-se o avanço. Produtores com mais de quatro mil mudas cultivadas, outros com mais de cinco mil sementes para plantar; viveiros bastante aprimorados, alguns já comercializando as plantas e muita animação dos agricultores com os trabalhos.
Para alcançar a meta das 120 mil mudas, cada agricultor ficou responsável por entregar três mil mudas e o ‘Viveiro da Unidade Demonstrativa de Aprendizado em Manejo Ambiental - UDAMA,’ localizada em Nova Mutum Paraná, entregará 30 mil mudas. Segundo o técnico responsável pelo projeto, Itajacy Kishi, os agricultores conseguirão atingir a meta facilmente. “O dever de casa está sendo feito.
A maioria não está encontrando dificuldade com a produção de mudas. Mantendo o padrão e a qualidade das plantas, muitos vão entregar as mudas antes do prazo”, disse.
Ele explica ainda que as visitas são para apoiar a produção de mudas. “Nossas visitas são para fazer o acompanhamento técnico da produção e deixar as devidas recomendações de manejo para garantia do padrão de qualidade das mudas. O momento também é para tirar alguma dúvida sobre as mudas e trazer ainda informações sobre como anda o projeto”, conta.
Por conta própria
Empolgado com a ideia de “não ser mandado por ninguém”, Francisco Claudiano Melo, 48 anos, morador do ramal Jirau, aposta nas mudas para garantir o sustento da família. Além das mudas frutíferas e florestais, o pequeno agricultor planta hortaliças. O viveiro “é uma coisa que sempre quis fazer. Na capacitação (realizada no Observatório Ambiental Jirau) aprendi várias técnicas de como coletar sementes, montar um viveiro adequado e comercializar as mudas. Foi muito produtivo, inclusive para plantar verduras. Agora estou na expectativa de vender para projetos de manejo florestal, áreas de reflorestamento e a quem precisar”. Claudiano já conta com mais de mil mudas. “Elas estão todas grandinhas, prontas para serem plantadas”, completa.
A Feira de frutas
Já o agricultor do ramal do Brito, Gonçalo Batista, 60 anos, contabiliza quatro mil mudas de essências florestais e frutíferas espalhadas em vários cantos do seu terreno. “Encontrei no mato de tudo e trouxe para casa. Tenho Seringueira, Ingá do mato e outros. De fruta, eu tenho muito Cupuaçu”, diz. Ele já pensa em aumentar a produção, agora com o viveiro que começou a fazer. “Quero plantar mais, para isso já preparei uma parte do meu terreno que será somente para produção de mudas, com o viveiro que aprendi a fazer na capacitação”, relata.
Manejos florestais
Mais um pouco distante, ainda no ramal do Brito, Josias Matos, 53 anos, prepara a terra para iniciar a sua plantação de mudas. Ainda pelos cantos da sua casa, cerca de 500 mudas estão plantadas, mas o produtor almeja mais. “Catei mais de seis mil sementes nas redondezas da minha chácara e quero fazer o meu viveiro com mudas para vender aos proprietários de planos de manejo, além de vender frutas também”, fala.
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