segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Senado aprova nova Lei de Competências Ambientais

O Senado aprovou hoje (26) sem alterações o projeto enviado pela Câmara dos Deputados que trata de novas regras para licenças ambientais. Chamado de Lei de Competências Ambientais, o texto estabelece, em especial, as prerrogativas de órgãos estaduais, municipais e federais para atuar na fiscalização ambiental.

A nova lei também define o que é licenciamento ambiental, permite parcerias entre dois ou três entes federativos para atuar na fiscalização e estabelece regras para casos de multas em duplicidade. “Se houver duas multas de órgãos distintos, a que vale é a do órgão licenciador”, disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Na definição sobre as competências de órgãos de diferentes níveis de governo, fica estabelecido que caberá à União legislar sobre áreas indígenas, florestas e reservas federais, questões nucleares, fronteiras e questões que envolvam dois estados ou mais. Aos órgãos ambientais estaduais ficarão responsáveis por questões que envolvam mais de um município. Os municípios fiscalizarão e licenciarão obras e outras interferências ambientais ligadas a parques e reservas municipais e questões locais.

O projeto foi apoiado pelo governo e pela oposição. A senadora ruralista e líder do PSD, Kátia Abreu (TO), declarou que a aprovação do texto beneficia o país como um todo. Na opinião dela, a nova lei favorece os órgãos estaduais e municipais de fiscalização ambiental e impede a sobreposição de poderes. “Um mesmo lugar podia ser multado três vezes. Ele acaba com essa sobreposição, oferece tranquilidade aos cidadãos”, disse.

Já o ambientalista e relator do novo Código Florestal no Senado, Jorge Viana (PT-AC), vê o texto com cautela. Ele evitou criticar o projeto, mas indicou ser favorável a maior poder dos órgãos federais de controle ambiental. “Eu e o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) [também relator do novo código] temos evitado estabelecer legislação concorrente [entre os estados, municípios e a União]. Nós entendemos que o governo federal deve estabelecer um regramento geral e os estados e municípios podem legislar, mas dentro desse regramento. Nós procuramos fortalecer o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis] ”, declarou o senador.

Por ter sido aprovada sem alterações de mérito, a nova Lei de Competências Ambientais seguirá para a sanção presidencial.

Fonte: http://www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=14666&sid=1206

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Relator do Código Florestal propõe compensar preservação

Relator do novo Código Florestal em duas comissões do Senado, Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) apresentou nesta terça-feira (25) seu parecer que, além de sugerir pagamento a quem preservar e recuperar a vegetação, propõe um inventário nacional das árvores.

O relatório apresentado às comissões de Agricultura e de Ciência e Tecnologia do Senado sugere que a Presidência da República, num prazo de 180 dias a partir da publicação do novo Código, crie um Programa de Incentivo à Preservação e Recuperação do Meio Ambiente, que pode estimular a proteção da mata por meio de crédito agrícola ou dedução da base de cálculo do imposto de renda, por exemplo.

Os senadores, no entanto, pediram vista conjunta para analisar o projeto com mais tempo. A previsão é de que o texto seja votado em 8 de novembro nas duas comissões. Antes de ser encaminhado ao plenário do Senado, a proposta de atualização do código ainda precisa de aprovação na Comissão de Meio Ambiente da Casa.

Outra mudança inserida pelo senador é um artigo que determina a realização de um inventário nacional das florestas no país, que seria feito em conjunto pelos Executivos municipais, estaduais e federal.

"Esse inventário, da forma como estamos propondo seria uma espécie de Renavam da madeira", disse Luiz Henrique no relatório, em referência o Registro Nacional de Veículos Automores.

Atendendo a pedido do governo e do setor elétrico, o relator mudou ainda dispositivo que definia a faixa de vegetação nativa a ser preservada em torno de reservatórios artificiais de água destinados à produção de energia e abastecimento público.

"Foi feita uma grande negociação, um grande acordo com o governo, com o setor elétrico, com o Ministério de Minas e Energia", afirmou o senador.

O parecer foi dividido em duas partes: uma permanente, que define regras para o futuro, e a transitória, que visa regulamentar problemas do passado.

Mudanças anteriores na legislação ambiental provocaram situações em que desmatamentos feitos dentro da lei vigente à época em que foram realizados, pudessem ser posteriormente considerados irregulares. Por isso, o senador inseriu em seu parecer artigo que impede expressamente que isso ocorra.

Ele também manteve dispositivo aprovado na Câmara que autoriza ocupações em APPs (Áreas de Preservação Permanentes) --faixas de terra com vegetação nativa que deve ser preservada ao longo de rios, encostas e topos de morros, onde há culturas de café, por exemplo--, desde que tenham ocorrido até julho de 2008.

"Nós temos que entender que há lavouras tradicionais seja de café, seja de banana, seja de cana, e nós temos que atender a essas situações já estabelecidas existentes até 22 de julho de 2008. De lá pra cá não poderá mais haver esse tipo de ocupações", disse.

A versão do novo Código Florestal aprovada pela Câmara dos Deputados em maio preocupou ambientalistas e o governo, que consideraram que o texto estimulava novos desmatamentos.
Uma elevação atípica do desmatamento da Amazônia em março e abril foi atribuída por organizações de defesa do meio ambiente e pela própria ministra Izabella Teixeira à discussão do código.

Fonte: http://www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=14647&sid=1206

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Governo estuda privatizar parques nacionais


Depois dos aeroportos, o governo Dilma Rousseff estuda conceder à iniciativa privada também alguns parques nacionais. As ministras Miriam Belchior (Planejamento) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente) assinaram ontem um acordo para a "modernização da gestão" de unidades de conservação do país, o que inclui de concessões de serviços até parcerias público-privadas para a administração dos parques.

Segundo Izabella, uma avaliação do modelo de concessão deve estar pronta no primeiro semestre do ano que vem. Os primeiros parques nacionais a participarem da experiência serão os de Jericoacoara e Ubajara, no Ceará, e os de Sete Cidades e da Serra das Confusões, no Piauí.

Mas outros parques com grande potencial de visitação, como Fernando de Noronha (PE), Anavilhanas (AM) e Lençóis Maranhenses (MA), também estão na mira do governo.

A ideia é que os parques sob concessão tenham um aumento de visitação e dupliquem seu orçamento por hectare. O Brasil é um dos países megadiversos que investem menos por hectare de unidade de conservação: cerca de US$ 4, contra US$ 15 da Argentina. "Queremos chegar a US$ 10", disse Izabella Teixeira.

As concessões de serviços já funcionam em parques como o do Iguaçu (PR), que gera para o município de Foz do Iguaçu R$ 120 milhões por ano, segundo a ministra.

O Instituto Chico Mendes, que gerencia as áreas protegidas, tem um orçamento anual na casa dos R$ 300 milhões.

Fonte: http://www.sbef.org.br/

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Dúvidas Frequentes sobre o SISLEG




Entre muitas conversas e algumas palestras realizadas nas cidades da região, posso perceber que geralmente 95% dos casos as dúvidas em relação ao SISLEG são as mesmas. Segue abaixo alguns esclarecimentos que acho pertinente ao assunto.


O QUE É O SISLEG?

R. Sistema de manutenção, recuperação e proteção da reserva florestal legal e áreas de preservação permanente.

O SISLEG é um sistema de gerenciamento que foi criado pelo Estado do Paraná com o objetivo de facilitar aos proprietários rurais o cumprimento das exigências legais estabelecidas pelo Código Florestal e averbar às margens das matrículas, as áreas de Reservas Legais de suas propriedades.
Cada imóvel deverá ser cadastrado individualmente.

O QUE É RESERVA LEGAL?

R. É uma área localizada ou não no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada ou não das áreas de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas.

O QUE É ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP)?

R. Pela legislação vigente as APP´s são áreas em torno de rios e cursos d´aguas, encostas com declividade igual ou superior a 45º, topos de morro.

QUAL O TAMANHO DAS FAIXAS QUE DEVEM SER PRESERVADAS AO LONGO DOS RIOS?

R. Isso depende da largura do curso d. água. Segue abaixo as metragens pela legislação vigente:

1) de 30 (trinta) metros para os cursos d.água de menos de 10 (dez) metros de largura;

2) de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d.água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros de largura;

3) de 100 (cem) metros para os cursos d.água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros de largura;

4) de 200 (duzentos) metros para os cursos d.água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;

5) de 500 (quinhentos) metros para os cursos d.água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;

QUANDO SE TRATAR DE UMA NASCENTE, QUAL DEVE SER A LARGURA DA APP?

R. Nas nascentes, ainda que intermitentes (não permanentes) e nos chamados olhos d.água., qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 metros de largura.

QUAL O TAMANHO DA RESERVA LEGAL?

R. A reserva legal, no Paraná, deve ser de no mínimo 20%, da área total do imóvel excetuando-se as áreas de preservação permanente.

POSSO UTILIZAR MINHA ÁREA DE POMAR PARA COMPOR A MINHA RESERVA LEGAL?

R. Sim, o pequeno produtor poderá utilizar árvores frutíferas e medicinais na composição da reserva legal desde que utilize também árvores nativas de acordo com o sistema multiestrata.

PARA REGULARIZAR A SITUAÇÃO DA RESERVA LEGAL DA MINHA PROPRIEDADE, O QUE DEVO FAZER?

R. Procurar profissionais qualificados, entre eles o Eng. Florestal e os Agrônomos.

Depois o profissional realizará os trabalhos a campo - Medição do terreno "perímetro e uso atual do solo", trabalhos de escritório - Elaboração do mapa e demais documentos necessários.

Posteriormente deverá protocolar junto ao escritório regional do IAP requerimento para cadastramento no SISLEG.

O QUE ESTÁ SENDO DISCUTIDO NO NOVO CÓDIGO FLORESTAL?

R. Redução da Reserva Legal;
Anistia para desmatamento, antes de 2008;
Redução da Área de Preservação Permanente?

Kleber Rodrigo M. Sampaio - Eng. Florestal - CREA PR 115.352/D


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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um novo uso para o eucalipto

O eucalipto é muito usado por indústrias de cosméticos e farmacêuticas, além da extração de mel, por meio de programas de apicultura, e é um dos principais recursos utilizados pelo setor carvoeiro. Essa árvore pode ser uma fonte de inúmeros benefícios, como a cogeração de energia elétrica, pois assim como o álcool e o biodiesel, o carvão também é um produto energético renovável.

A composição da casca do eucalipto é mais favorável do que a do bagaço de cana para a produção de energia, em termos de açúcares fermentáveis. A quantidade de pentoses, inibidoras ao processo de fermentação, é encontrada em menor quantidade na casca do eucalipto.

O eucalipto possui o dobro de hexoses, as açúcares fermentáveis, como a sacarose, glicose, frutose e galactose, em relação ao bagaço da cana. Isso torna o potencial do eucalipto para a fermentação maior que o da cana. E enquanto a cana produz em média de 10,6 toneladas de bagaço por hectare, em um ano, o eucalipto chega a gerar de 23 a 25 toneladas de biomassa por hectare, em um mesmo período.

Haroldo Nogueira de Paiva, professor do curso Cultivo de Eucalipto em Pequenas Propriedades, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, afirma que essa é uma ótima oportunidade para os pequenos produtores, pois o eucalipto é uma árvore de fácil cultivo, com espécies que apresentam baixas exigências em umidade e em fertilidade do solo. Por viabilizar o resgate de carbono, realizado durante o crescimento das ávores, e diminuir a pressão sobre as matas nativas, as florestas renováveis de eucalipto são lucrativas e possuem grande apelo ambiental.

Fonte: http://www.remade.com.br/br/noticia.php?num=9393&title=Um%20novo%20uso%20para%20o%20eucalipto

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Senadores apontam pagamento por serviços ambientais como saída para recompor florestas


O projeto de reforma do Código Florestal (PLC 30/2011) deve ser modificado para incluir instrumentos de pagamento por serviços ambientais visando incentivar a recomposição e manutenção de Áreas de Preservação Permanente (APP) e de reserva legal, na opinião dos senadores que participaram de debate nesta quarta-feira (5) na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

O consenso verificado na audiência pública revela entendimento de que o novo código deve combinar mecanismos de comando e controle com regras de premiação àqueles que preservam os recursos naturais e de incentivos para a recomposição de áreas protegidas que foram desmatadas.

- Há um novo momento, um convencimento dos formadores de opinião sobre o Código Florestal no Senado de que incentivos econômicos e financeiros são a forma de se avançar num futuro inteligente em relação ao agronegócio e ao meio ambiente – disse Eduardo Braga (PMDB-AM), presidente da CCT.

Também o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), relator do projeto na CCT e na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), apontou avanços na discussão do tema no Senado.

- Estamos mudando o enfoque, de uma legislação punitiva para uma legislação que incentiva a recuperação e manutenção de vegetação nativa – resumiu.

A opinião foi compartilhada pelo relator do novo Código Florestal na Comissão de Meio Ambiente (CMA), senador Jorge Viana (PT-AC). Para ele os mecanismos de comando e controle são eficientes para conter o desmatamento, mas insuficientes para garantir a recomposição das áreas desmatadas.

- Se quisermos trazer de volta parte dos milhões de hectares que perdemos, precisamos estabelecer uma aliança com os proprietários rurais e remunerar aqueles que prestam serviços ao meio ambiente e ao país, preservando os recursos naturais – frisou.

Fontes de recursos

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) concorda que os senadores já estão convencidos da importância do pagamento por serviços ambientais, mas cobra a definição das fontes de recursos para implementar a medida.

- Qual é o mecanismo econômico? Como vamos colocar no código? Será recurso orçamentário ou vamos envolver o setor privado? – questionou Moka.

Na opinião de Eduardo Braga, deverá ocorrer uma combinação de fontes. Ele defende, por exemplo, a realocação de recursos de fundos constitucionais. Também aponta a possibilidade de uso de recursos voltados à preservação do meio ambiente, oriundos de tarifas de concessão de serviços públicos e da exploração do petróleo.

O senador, no entanto, lembra que o pagamento por serviços ambientais é apenas um dos incentivos econômicos e financeiros que podem estar previstos na nova lei. Ele cita outros, também enfatizados por Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), como a redução de juros ou o alongamento de prazo do crédito rural, para produtores que usem sistemas de baixo impacto ambiental, conhecidos como agricultura de baixo carbono.

Convidada para o debate, Maria Christina Gueorguiev, advogada do Escritório Pinheiro Neto Advogados, destacou a desoneração de encargos ligados à regularização ambiental como mecanismo de incentivo. A possibilidade de se “premiar” agricultores que buscam a regularização de suas áreas recebeu o apoio de Walter Pinheiro (PT-BA).

Pecuária

O senador também elogiou proposta apresentada por Gerd Sparovek, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, de recomposição de áreas ocupadas irregularmente com pastagem por meio de regeneração natural da vegetação. Para aumentar a produtividade da pecuária, o pesquisador sugere a adoção da técnica de manejo rotacionado de pastos – divisão da fazenda em pequenas áreas de pasto e deslocamento planejado do gado em cada parte.

Na opinião do especialista, o novo código deve manter a obrigatoriedade de restauração das APPs na maioria dos casos, estratégia contrária ao proposto no texto que veio da Câmara, de regularizar áreas consolidadas.

Já o chefe da Embrapa Meio Ambiente, Celso Manzatto, apresentou aos senadores sugestões para a adoção no Brasil do modelo agrícola de baixo carbono. Nesse modelo, são adotados sistemas de produção de baixa emissão gases de efeito estufa e que levem ao sequestro de carbono, como o plantio direto e integração lavoura-pecuária-floresta, entre outros.

Manzatto sugeriu ainda o aumento da eficiência de práticas convencionais de produção, com a redução do consumo de insumos escassos e caros e a adoção de insumos biológicos.

Fonte: http://www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=14368&sid=1206

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Embrapa lança hotsite sobre pesquisa florestal

Vamos passear na floresta? Ou, melhor, vamos passear pela pesquisa florestal? É esse convite que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, faz aos internautas a partir desta quarta-feira, 28/09, quando lança o hotsite “Florestas na Embrapa” (www.florestasnaembrapa.com.br).

A ideia é que o espaço seja um retrato do que a empresa realiza de pesquisa na área florestal, tanto em relação às florestas nativas quanto plantadas, além de esclarecer sobre como as florestas estão presentes no dia a dia das pessoas.

Quem acessar já neste primeiro dia vai encontrar textos sobre pesquisadores que se aventuram em arvorismo para estudar melhor as castanheiras; plantio florestal que gera energia; árvores que nascem novamente recuperando áreas degradadas; inseto que deixa árvores bronzeadas, entre outros. Mas os assuntos não param por aí e o espaço será atualizado periodicamente com mais informações.

Em 47 Unidades espalhadas por todo o país, diversos são os temas pesquisados. Este universo pode ser melhor conhecido na sessão “Pesquisas florestais”. A sessão “As florestas e você” pretende explicar como alguns produtos e serviços das florestas estão presentes no dia a dia das pessoas. “Ciência em palavras” traz artigos escritos por pesquisadores da Embrapa. As notícias e coberturas de eventos estão em “Fique por dentro” e, para saber os eventos agendados, o internauta pode acessar “Acontece por aí”.

A construção do site é uma iniciativa alusiva ao Ano Internacional das Florestas, evento coordenado pela ONU que tem como um dos objetivos a “promoção do manejo sustentável, a conservação e o desenvolvimento das florestas em todo o mundo, e a conscientização do papel decisivo que as florestas desempenham no desenvolvimento global sustentável”.

Texto:
Katia Pichelli - Jornalista (MTb 3594/PR)
Embrapa Florestas

(41) 3675-5638

terça-feira, 11 de outubro de 2011

FAO pede a proteção das árvores das cidades


Todos sabem da minha opinião sobre as Florestas Urbanas. Penso que há pessoas despreparadas trabalhando com o meio ambiente e pouca vontade dos poderes públicos. Mas a importância das florestas e da arborização urbana dentro de uma cidade e imensurável.

As árvores e florestas situadas dentro e em torno das cidades necessitam de políticas e investimentos para fortalecer o meio ambiente em um mundo cada vez mais urbanizado, pediu nesta segunda-feira a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) junto com a Associação de Colaboração para Questões de Florestas (ACMB).

O pedido foi feito por ocasião do Dia Mundial do Habitat para dar um novo enfoque à gestão e manutenção das florestas urbanas e periurbanas.

“Além de melhorar a qualidade dos ambientes urbanos, as florestas nas cidades também podem mitigar os impactos dos eventos meteorológicos graves”, afirma o comunicado da FAO.

Segundo o texto, as florestas urbanas também podem servir de laboratório vivo para a educação ambiental nas cidades, ajudando a reduzir a brecha entre a população urbana e as florestas urbanas.

A FAO ajuda a desenvolver diretrizes para os responsáveis pelas políticas e tomadas de decisões sobre a silvicultura urbana e periurbana, com o objetivo de promover políticas sólidas e destacar as boas práticas.

Fonte: http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2011/10/04/75275-fao-pede-a-protecao-das-arvores-das-cidades.html

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Mitos e verdades sobre o plantio de eucalipto


O eucalipto, em muitos aspectos, não é tão diferente de outras culturas, inclusive de plantas nativas.

Há muitos benefícios ambientais no cultivo de eucalipto, que devem ser conhecidos. Mas, para isso, é necessário esclarecer alguns “mitos” a respeito dessa espécie. O plantio dessa árvore australiana, assim como de outras, apresenta tanto vantagens quanto desvantagens, que devem ser ponderadas sempre.

De acordo com o eng.º florestal Marcos Orlando de Oliveira, o eucalipto é como outra monocultura qualquer. O fato de ser exótico não o torna pior que o arroz, a batata, a laranja, a soja, que também são exóticos e que ocupam muito mais áreas em nosso país.

Consumo de água

Muitos acreditam, por exemplo, que essa árvore seca o solo, o consumo de água dessa planta é semelhante ao de algumas espécies nativas. A profundidade de suas raízes não atingem extensão suficiente para prejudicar os lençóis freáticos. Essa floresta, como qualquer outra, ajuda na retenção de água da chuva no solo e na redução da erosão e do assoreamento.

“A cultura do eucalipto, como toda cultura agrícola, causa impactos ao ambiente, mas comparativamente, pode ser vantajosa em boa parte dos aspectos”, afirmam Haroldo Paiva e Laércio Jacovine, professores do curso Cultivo de Eucalipto em Pequenas Propriedades, elaborado pelo CPT – Centro Produções Técnicas.

Esses especialistas defendem que o consumo de água pelo eucalipto é igual ao de outros produtos agrícolas como café, cana-de-açúcar e frutas cítricas. Sendo assim, o problema pode não estar na espécie escolhida, mas sim no sistema de cultivo.

Fertilidade do solo

Existe também a ideia de que o eucalipto provoca a redução da fertilidade do solo, contudo é necessário cuidado com essa afirmativa. Os pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa, Haroldo Paiva e Laércio Jacovine, acreditam que em relação a plantações de alguns produtos agrícolas, como o milho, o impactos causados pelo eucalipto são menores.

Os especialistas acrescentam que nessa cultura há um baixo uso de insumos, o que reforça o fato de que essa atividade contamina menos o solo que outras.

No que diz respeito a essas desvantagens da monocultura, uma opção para minimizá-las é optar por projetos utilizando sistemas agroflorestais, “que combinam o plantio de árvores com culturas agrícolas. São menos lucrativos, mas muito mais sustentáveis ambientalmente falando”, declara o eng.º florestal Marcos Orlando de Oliveira.

Preservação de matas nativas e acúmulo de carbono

Uma grande contribuição das florestas de eucalipto é que essas plantações impedem que remanescentes de árvores brasileiras, muitas vezes, em extinção, sejam exploradas. As matas de eucalipto substituem as nativas, fornecendo no lugar delas a matéria-prima que alimenta as fábricas de papel, carvão e móveis.

O eucalipto também colabora para o aumento do estoque de carbono em todos os reservatórios de biomassa, por absorver eficientemente grandes quantidades de CO2, na fase de crescimento das árvores. Isso ajuda na redução de poluentes na atmosfera e também no equilíbrio climático.

Fonte: http://www.ciflorestas.com.br/conteudo.php?id=6107

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Guanandi surge como opção para reflorestamento com madeira de lei


Árvore está presente em todo o território nacional. Engenheira florestal acredita em potencial, mas é cética com prazos.

A cada dia que passa, fica mais difícil encontrar, no mercado, madeiras de qualidade, que são usadas para móveis e decoração. O aperto da legislação ambiental está transformando em raridade madeiras vindas das florestas nativas.
A tendência será o mercado se abastecer com madeiras plantadas. Nesse contexto, começa a chamar a atenção uma árvore de brejo, que está alimentando o sonho das pessoas.

No Museu da Madeira, do Instituto Florestal de São Paulo, seja em afrescos na parede, seja no tabuleiro de placas trabalhadas em relevo, estão amostras da riqueza em madeira que São Paulo tem - ou teve. Dentre as mais valorizadas, estão as madeiras de lei.


“Foi um termo criado pela Coroa Portuguesa para regulamentar todo o corte e exploração das madeiras no Brasil. Atualmente, esse termo ainda permanece, mas para madeiras que, por seu alto valor econômico, são empregadas para fins nobres”, afirma o biólogo Eduardo Longhi.

Uma reserva florestal em Luís Antônio, município a 260 km de São Paulo, no norte do estado, em conjunto com outra unidade de conservação também no estado, totalizam 10 mil hectares onde se preserva o pouco que resta do cerradão paulista, e onde se fazem experiências com plantio de árvores nativas de vocação para madeira.

Seja pelo atual ou por um novo Código Florestal, muitos terão que reflorestar para ficar dentro da legalidade. É uma boa ideia usar a madeira de lei para agregar valor ao reflorestamento, mas como plantar uma árvore desse tipo?

Um dos testes que a reserva de Luís Antônio vem fazendo é comparar o crescimento de quatro espécies nobres: jequitibá, pau-marfim, ipê roxo e louro pardo. As quatro foram plantadas em condições iguais há 26 anos.


O jequitibá vem ganhando na comparação, com uma madeira de melhor qualidade e maior cubicagem. Outra árvore, porém, aparece como opção: o guanandi.

O guanandi

O nome varia conforme a região do Brasil, mas é considerada sempre uma madeira de lei, de cor bonita, valorizada, que agora tem atrás de si um trabalho de observação, um esquema de mudas e sementes e até um agricultor entusiasmado que espera fazer R$ 1 milhão com uma roça de um hectare de guanandi em 18 anos.


O guanandi, cujo nome científico é Calophyllum brasiliense, foi descrito pela primeira vez pelo alemão Von Martius, autor da Flora Brasiliense, no começo do século XIX. Ocorre em todo o território nacional, e é, às vezes, também chamado de guanandi-cedro ou guanandi-carvalho. É madeira resistente e de grande aceitação, mas difícil de encontrar hoje em dia.

Em Monte Alto, a 370 km da capital paulista, ainda no norte do estado, Lorisval Vasconcelos, agrônomo aposentado e perito judicial, acredita ter descoberto no guanandi um negócio.

Vasconcelos tem uma pequena plantação de guanandi no seco, na qual a planta, apesar da origem no brejo, cresce melhor que no terreno encharcado. A desrama é o manejo certo para a árvore subir reta, mas a atividade principal no local é o viveiro de mudas, tocado por Rodrigo e Maicon, filhos de Vasconcelos, os dois também agrônomos.

O guanandi já se tornou uma fonte de renda comum para os viveiristas. Existem viveiros até maiores que o de Monte Alto, com produção regular de mudas e assessoria técnica.

Plantio

Há um jeito para a produção das mudas render mais. Com a preparação de mudas, deve se fazer um trinco na casca externa da planta, para facilitar a germinação. Para plantar, faça uma cova de 40 cm x 40 cm x 40 cm, um tanto de esterco de curral e 200 g de adubo básico (NPK).


Misture com a terra retirada da cova, cobre o buraco e abre uma entradinha para a muda.

Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, a quase 500 km de Belo Horizonte, em um local da cidade chamado Chácara das Freiras, um antigo convento, existe um bosque nativo de guanandi.

A existência de guanandi no Bosque das Freiras é uma prova, segundo o agricultor Dílson Meireles, de que a planta é adaptada e se dará bem na região. Em sua fazenda, em Uberaba, Meireles tem 7.500 pés de guanandi em cinco hectares. Até o quarto ano, o guanandi permite consorciamentos; no caso, com guandu, mandioca e milho.


Seu esquema é este: em um hectare de terra, o plantio é de 1.500 mudas. Em seis anos, há o primeiro raleamento: retiram-se 500 plantas, que são aproveitadas como lenha. Em 10 anos, há o segundo raleamento, e retiram-se mais 500 árvores, mas o aproveitamento agora é como madeira fina.

Permanecem então as 500 melhores árvores do talhão, as quais, em 18 a 20 anos, deverão produzir 400 metros cúbicos de madeira. Meireles sonha alto: espera conseguir R$ 1 milhão de por hectare com guanandi em pouco mais de 18 anos.

Crítica


Em Botucatu, no centro de São Paulo, fica a seção de engenharia florestal da Unesp. Vera Lex trabalha há 20 anos com madeiras de lei, e o guanandi é seu velho conhecido. “Acho que o guanandi tem muito potencial, assim como outras espécies nativas para plantio comercial, inclusive potencial de gerar muita renda, mas sou bastante cuidadosa no que se refere ao prazo, que seria o corte final”, afirma a engenheira.

“Acredito que não se consegue ter uma madeira de qualidade com menos de 30 anos. Também (sou cética) em relação à estimativa de crescimento, porque não há ainda pesquisas suficientes em larga escala de áreas plantações no Brasil para dar um indicativo seguro de quanto essa espécie cresce”, completa Vera.

“Ela pode até estar certa. Porém, a gente tem que pensar que os preços das madeiras estão cada vez mais elevados. Ontem, por exemplo, em Uberaba, fui a algumas madeireiras e consegui madeira de lei para forno a R$ 3.700 o metro cúbico. Já temos notícia que, em São Paulo, as madeiras de lei nativas e nobres estão acima de R$ 4.500 o metro cúbico”, rebate Meireles, que ressalta o papel de “poupança em longo prazo” do investimento para a família.

Fonte: http://www.ciflorestas.com.br/conteudo.php?id=6043

Governo adota novas medidas para conter aumento de contágios

  Em razão do significativo aumento no número de pessoas contaminadas pela Covid-19 no Paraná, o Governo do Estado produziu um novo instrume...