Em uma fazenda no município de São Sebastião do Oeste, centro oeste de Minas Gerais, há 1.400 hectares de eucalipto. A produção é vendida para o setor da construção civil.
No Brasil, segundo o Ministério da Agricultura, a área plantada com eucalipto aumenta todos os anos em 300 mil hectares. Isso acontece porque é cada vez maior o número de produtores rurais que utiliza madeira para diversificar a renda no campo.
Na fazenda Campo Alegre, município de Itapecerica, no lugar da lavoura de milho, o agricultor Amilton Naves plantou eucalipto e braquiária. Enquanto as árvores crescem, o produtor usa a área como pastagem.
As pecuárias de corte e de leite sempre foram as principais atividades, mas há dois anos o eucalipto ganha cada vez mais espaço. “Hoje temos 25 hectares plantados e o objetivo é aumentar o plantio em 10 hectares por ano. A gente acredita que o eucalipto a longo prazo vai ser uma das grandes atividades para o produtor rural devido à alta demanda para madeira na construção civil”, explica.
No leste de Mato Grosso do Sul, em Três Lagoas, a 340 quilômetros de Campo Grande, durante muitos anos, o município se destacou por ter um dos maiores rebanhos bovinos do estado. Agora, as pastagens foram substituídas em boa parte por florestas de eucalipto.
Armando Almeida é produtor rural há 30 anos. Quando comprou a propriedade de dois mil hectares teve como atividade principal a pecuária. Há oito anos, a pastagem estava degradada, dominada por uma praga e precisava de reforma. Foi quando surgiu a alternativa do eucalipto.
Hoje, Armando tem 1.200 hectares de florestas plantadas. A primeira colheita já foi feita e ele pretende prorrogar por mais sete anos o contrato com a fábrica de celulose.
As florestas de eucalipto ocupam uma área de 1,160 milhão de hectares no município. A produção é consumida por duas indústrias: de papel e de celulose. Uma terceira, também de celulose, já está se instalando na região e deve começar a funcionar no segundo semestre deste ano.
A instalação das fábricas teve incentivos fiscais, como a isenção do ICMS, mas a economia do município por outro lado se beneficiou e o movimento do comércio aumentou.
Márcio Neves é um exemplo das pessoas que tiveram aumento na renda. Antes, ele trabalhava em uma indústria do setor têxtil e ganhava R$ 600 por mês. Agora, é operador de colheitadeira e o salário subiu para R$ 2 mil. “Estou feliz profissionalmente, a remuneração e a qualidade de vida estão muito boas”, comemora.
Fonte: Globo Rural / G1
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