Agricultores lutam para tirar os grãos do campo no menor tempo possível. Aumenta o trabalho também nas cooperativas que armazenam a safra.
Enquanto a chuva não cai, as colheitadeiras aceleram e por causa das pancadas que tem caído quase todos os dias na região Sudoeste, os agricultores não conseguiram terminar a colheita do milho.
Na lavoura de Amarildo Brustolin, em Dois Vizinhos, o atraso já é de uma semana. "Estamos aproveitando os intervalos da chuva para colher e plantar novamente", conta.
Enquanto a colheita do milho está atrasada, a da soja está adiantada. Os irmãos Brutscher esperavam colher a soja só no fim do mês, mas o excesso de calor na fase de formação dos grãos encurtou o ciclo da planta em cerca de 20 dias. O grão está menor, mas não tem como segurar mais dias no campo e agora os agricultores têm de se virar para conseguir colher soja e milho juntos.
O trabalho simultâneo atrasa o serviço nos armazéns. Falta estrutura para beneficiar os dois grãos ao mesmo tempo.
No entreposto de uma cooperativa em São Jorge D´Oeste, enquanto o milho que vem do campo com bastante umidade precisa de tempo no secador, a soja é descarregada em um galpão e vai ter de esperar. A operação aumenta o custo, pois toda a soja terá de ser carregada e descarregada novamente.
A umidade considerada padrão para o milho e para a soja é de 14%, tudo que estiver acima disto desvaloriza o grão na hora da venda.
A cooperativa tem intenção de aumentar o trabalho em outros turnos, mas outro problema é que faltam também trabalhadores.
Fonte: Universo Agro
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